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Pesquisa do TJ e da UFSC recebe atenção internacional
Mapeamento está em apresentação no México nesta semana, após ter sido debatido em cidades europeias

Adriano Beiras, professor da UFSC, apresentando os dados coletados na pesquisa (Foto: Divulgação/Projeto Àgora) **Clique para ampliar

Publicado em 08/11/2023

Desenvolvido pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o mais completo mapeamento no Brasil sobre grupos reflexivos para autores de violência doméstica está em apresentação no México nesta semana, após ter sido debatido em cidades europeias. Trata-se de uma trilogia, publicada pela Academia Judicial no fim do ano passado, que identificou 312 iniciativas do gênero no país.

Nos grupos reflexivos, voltados para os homens, se discutem masculinidades, machismo e violência, entre outros temas. A participação nesses encontros não é uma pena, mas uma intervenção técnica com o objetivo de prevenir a violência. “Vídeos e palestras não vão ao cerne da questão, por isso é preciso refletir, é preciso fazer com que os homens pensem e falem sobre as suas ações”, defende Michelle Hugill, secretária da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica (Cevid), do TJSC, e uma das autoras da trilogia.

Pesquisas mostram que enquanto o índice geral de reincidência dos homens autuados no âmbito da Lei Maria da Penha alcança 50%, ele despenca para 10% entre aqueles que passam pelos Grupos Reflexivos.

O professor Adriano Beiras, coordenador da pesquisa que deu origem à trilogia e um dos autores da obra, ministrou curso formativo de 20 horas, concorrido e prestigiado, para os integrantes do sistema de justiça da Catalunha. Além disso, Beiras apresentou a trilogia em palestras em Oslo, Estocolmo e agora no México. “Nestas oportunidades, tenho centrado a discussão nas políticas públicas judiciárias sobre violência doméstica, com foco nas experiências latino-americanas”, diz o professor.

A trilogia

Publicada pela Academia Judicial, a trilogia "Grupos Reflexivos e Responsabilidades para Homens Autores de Violências contra Mulheres no Brasil: mapeamento, análises e recomendações, reflexões e experiências" é assinada pelos professores Adriano, coordenador do grupo Margens, da UFSC, Daniel Fauth Washington Martins, psicólogo e pesquisador do mesmo grupo; pela desembargadora aposentada Salete Sommariva e por Michelle Hugill – ela atua como pesquisadora do grupo Margens/UFSC.

Na coluna do Raul Sartori: Atentado à escola de SC é evitado esta semana. E mais!

O trabalho de grupos reflexivos em Santa Catarina, previsto na Lei Maria da Penha, é desenvolvido em parceria entre a Cevid, Cocevid, Margens/UFSC, NPPJ e PPGP/UFSC. Trata-se de trabalho pioneiro no país sobre estudo de grupos reflexivos com autores de violência.

Denominada Projeto Ágora, a cooperação entre as instituições está sob a coordenação da desembargadora aposentada Salete Silva Sommariva, coordenadora honorária da Cevid, e do professor Adriano Beiras (UFSC).

Fonte: RCN

Da redação

 

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