Imagem da Ilha

O verão em Florianópolis é sinônimo de praias lotadas, turistas e uma economia aquecida, mas para os moradores da ilha, a temporada de 2025 tem trazido mais perrengues do que momentos de lazer. Enquanto os turistas desfrutam das belezas locais, quem vive na cidade o ano inteiro tem enfrentado dificuldades que vão desde a falta de suporte em imóveis até a pressão nos supermercados, sem contar o impacto crescente do turismo estrangeiro, especialmente de argentinos, no comércio local.

A falta de suporte nos imóveis preocupa os moradores

De acordo com relatos de um morador de Florianópolis, ele enfrentou problemas em seu imóvel alugado anualmente, como vazamentos e falta de manutenção. Ao buscar auxílio da imobiliária e do proprietário, a resposta foi insatisfatória. Segundo o morador, o foco da imobiliária estava quase exclusivamente em atender os alugueis de temporada, negligenciando as necessidades dos residentes locais. Este cenário tem gerado desconforto entre os moradores, que se sentem negligenciados durante o período de alta temporada, quando deveriam ser atendidos adequadamente.

Supermercados sob pressão: Estoques vazios e preços nas alturas

Outro morador relatou que a pressão sobre os supermercados tem sido um problema crescente. O aumento do fluxo de turistas, especialmente os argentinos, tem esgotado rapidamente os estoques de produtos essenciais, deixando os moradores sem acesso a itens básicos. A falta de reposição tem sido uma constante, e os preços dispararam. Mesmo com o aumento das vendas, os supermercados não têm conseguido atender a todos os consumidores, resultando em frustração para os moradores, que, além de enfrentar a escassez, têm que lidar com o aumento dos custos.

O impacto do turismo

A coluna do Imagem da Ilha, assinada por Urbano Salles, revelou um dado impressionante sobre o impacto do turismo: a Decathlon da SC-401, que se tornou a loja mais lucrativa da rede no mundo, tem como principal público os turistas argentinos. Dados confirmados por outras fontes, como a revista Exame, destacam que a loja recebe cerca de 5.000 clientes diários, dos quais 90% são argentinos. Esse fenômeno de consumo, embora beneficie o comércio local, também tem gerado desconfortos para os moradores, que se sentem em segundo plano diante da sobrecarga nos espaços de lazer e consumo.

O verão de 2025 tem revelado os perrengues de quem vive em Florianópolis o ano inteiro. Embora o turismo seja fundamental para a economia da cidade, é preciso que haja um equilíbrio entre as necessidades dos turistas e as dos moradores. Caso contrário, os residentes de Floripa continuarão a enfrentar desafios, como a falta de suporte nos imóveis, o desabastecimento nos supermercados e a sobrecarga da infraestrutura local. A cidade precisa encontrar soluções para esses problemas, garantindo qualidade de vida para quem chama Florianópolis de lar.

Da redação

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