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Panvision: Compromisso com a Sustentabilidade Ambiental
Com o Selo EcoVision, a Associação Cultural de Florianópolis promove na América Latina discussões acerca da redução de impactos ambientais no setor audiovisual

Os bastidores dos festivais realizados pela Panvision são trabalhados com a sustentabilidade em pauta, principalmente no setor de produção. (Foto: Divulgação) ***CLIQUE PARA AMPLIAR IMAGEM

Publicado em 04/06/2024

Discutir a emergência climática, mais do que nunca, precisa estar nas prioridades de todos os setores da economia. A Semana Mundial do Meio Ambiente, celebrada de 1º a 5 de junho, foi criada com o propósito de ampliar e dar destaque às discussões relacionadas aos impactos ambientais e a preservação dos recursos naturais. No entanto, essa vem sendo uma necessidade durante todo o ano.

Mais do que tornar a cultura acessível a todos os públicos e possibilitar a profissionalização audiovisual, a Associação Cultural Panvision carrega o propósito de implementar práticas sustentáveis nas produções audiovisuais de toda a América Latina, pensando em um compromisso com as próximas gerações. Consciente dos impactos na indústria audiovisual, a Panvision promove ações para um setor sustentável desde a criação do Selo EcoVision, em 2021. E, hoje, apresenta algumas dessas transformações, como forma de incentivar e valorizar ainda mais esta pauta em sua semana oficial.

SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL NOS FESTIVAIS

Os bastidores dos festivais realizados pela Panvision — Festival Internacional de Cinema Florianópolis Audiovisual Mercosul (FAM), Festival Audiovisual Latino-Americano de São Francisco do Sul (FALA São Chico) e Curta Jacarehy — são trabalhados com a sustentabilidade em pauta, principalmente no setor de produção.

Iniciando pela quantidade de material gráfico, de 2022 para 2023 houve uma redução de 12% nas peças produzidas. E a meta para 2024 e os próximos anos é que essa porcentagem continue aumentando, chegando a pelo menos 40%. Boa parte dos materiais de lona e tecido produzidos, como banners e faixas, também recebeu uma destinação sustentável. Nos últimos dois anos, 209 peças foram reutilizadas e recicladas, tornando-se em novas ecobags através do reaproveitamento do material por produtores de artesanato das regiões dos festivais. No mesmo período, na utilização dos veículos de produção, foram compensados 5.427,06 kg de CO2.

A conscientização também abraça os parceiros das atividades realizadas pela Associação Cultural Panvision, que permanece em constante busca por fornecedores bio conscientes. Da escolha da gráfica — que trabalha com o material de celulose feito de zonas de reflorestamento — para a impressão de peças de divulgação, até a empresa responsável pelos crachás utilizados pela equipe e participantes. Os crachás ecológicos em papel semente passaram a ser utilizados no FAM 2022 e, desde então, continuam presentes em todas as atividades. A iniciativa reduz o uso de plástico para dar lugar a um material que, além de possuir uma decomposição rápida, possibilita a plantação de novas flores e ervas.

DISCUSSÃO EM TELA

Desde 2022, a Panvision dá prioridade a filmes que trazem uma abordagem sustentável em seu conteúdo e produção. Especificamente com a sustentabilidade ambiental, as últimas edições dos festivais exibiram 36 filmes que tratavam de temas ecológicos, denúncias ambientais, Meio Ambiente ou práticas sustentáveis.

Na terceira edição do Festival Audiovisual Latino-Americano de São Francisco do Sul – FALA São Chico 2024, que será realizada de 19 a 22 de junho, cinco filmes da programação abordam a questão ambiental, seja com denúncias ou temáticas sócio-ecológicas. São elas: Depois da Margem, de Rodrigo Guimarães; Marta: Consertadora de Guarda Chuva, de Dannyel Leite; Néctar do Tempo, de Pedro Rodrigues; O Canto, de Isa Magalhães e Izabella Vitório; e O Fundo do Ar é Cinza, de Carol Magalhães.

“A temática ambiental tem sido recorrente em muitos filmes. A sociedade tem amadurecido na forma como encara as questões ambientais, e isso se reflete nas produções cinematográficas. Observando os últimos três anos, percebe-se uma tendência documental que denuncia e conscientiza sobre emergências climáticas, além de abordar temas como socioecologia, ambientalismo, desenvolvimento sustentável, reciclagem, preservação e justiça social. Paralelamente, muitas obras refletem sobre saberes ancestrais e soluções baseadas na natureza”, destaca a Diretora de Programação, Marilha Naccari. 

ECOVISION

EcoVision, mais que um selo, propõe uma mudança de atitude. No cenário atual, reconhece-se que a educação ambiental deve apostar não apenas no acesso à informação, mas em despertar individualmente as mudanças internas de hábitos, promovendo às pessoas formação sobre a temática. 

O Grupo EcoVision é formado atualmente por seis especialistas do audiovisual latino-americano: Alejandra Marano, Daniel Celli, Gustavo Castro, Marilha Naccari, Mauro Garcia e Tiago Santos. Através de festivais, encontros,  palestras, consultorias e reuniões com entes público-privados, o grupo leva a mensagem de sustentabilidade no setor por todo o continente, visando a qualificação de produtores audiovisuais em relação aos impactos ambientais, sociais e econômicos nos processos de produção.

Desde sua implementação, foram mais de 100 encontros, palestras e consultorias ministradas pelo Grupo. O Selo EcoVision já passou por eventos na Argentina, Brasil, Chile e Colômbia. Além deles, o Grupo também já recebeu projetos para consultoria de países como Bolívia, Cuba, Equador, México, Paraguai, Peru e Uruguai.

O próximo evento com participação EcoVision confirmada será o Rio2C, de 4 a 9 de junho no Rio de Janeiro. Marilha Naccari representará o Grupo no painel “Green Deal: O Futuro é Agora! Uma Abordagem Criativa da Sustentabilidade Ambiental”. Junto dela, estão como palestrantes Mariana Oliva (Maria Farinha Filmes) e Mauricio Gonzalez (Globo). O painel, será realizado no dia 7, às 14h, e trará à discussão os desafios e oportunidades relacionados à sustentabilidade ambiental na indústria do audiovisual, destacando as práticas e iniciativas que estão transformando a maneira como o conteúdo é produzido e consumido.

O projeto piloto do Selo foi lançado em 2021, e iniciou com uma pesquisa quantitativa de índice de intenção de sustentabilidade de produções em desenvolvimento do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Os resultados foram trabalhados em estudos científicos, considerando as realidades distintas de cada país. A pesquisa segue continuamente aberta, e pode ser feita pelo formulário.

 

 

Da redação

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