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Caros amigos, há um mês eu escrevia meu artigo e informava que o Brasil tinha 4 mil casos e 114 mortos pelo novo coronavírus. Já era algo preocupante, mas, hoje, após cerca de um mês, estamos com quase 80 mil casos e 5511 mortos. Já temos então algumas certezas e muitas dúvidas: a certeza é de que o vírus é violento e não discrimina ninguém, ataca por todos os lados. O pior são as incertezas, como por exemplo, quando teremos a vacina? Quais são os remédios mais adequados? Quando será o pico da doença?

Está claro o quanto o ser humano ainda é muito pequeno frente ao mundo, o quanto precisamos uns dos outros e o quanto precisamos ser solidários. Outro dia, ouvi uma frase que me marcou muito. Uma empresária, que falava sobre a pandemia, foi questionada se “estávamos todos no mesmo barco”. Ela imediatamente respondeu: “não estamos no mesmo barco, mas estamos todos vivendo o mesmo furacão”. Tem uma simbologia muito profunda, pois, quando dizemos “fique em casa”, que eu particularmente concordo, não podemos ser hipócritas e fazer que não entendemos que muitas pessoas nem casa têm, que muitos vivem em casas com muitas pessoas devido à sua condição social, e outros milhões se não forem pra rua buscar seu sustento podem morrer de fome.

Por isso mesmo, me pergunto: onde estão os líderes políticos? Onde estão os juristas magistrais? Onde estão as pessoas que, em um momento de crise global e de saúde, deveriam estar nos motivando, nos dando saídas e alternativas? Parece-me que estão todos mergulhados em suas vaidades, em seus belos locais de trabalho, muitos com seus salários garantidos enquanto que a maioria da população busca por palavras afetivas, de carinho, de alento e de amor. Claro que nunca podemos generalizar, porém, é o que, infelizmente, observamos nos noticiários diários.

Eu recomendo que toda vez que você perceber alguém propagando ódio, rancor, vingança e falta de isenção, não perca seu tempo com este tipo de pessoa. Nunca tinha visto tanta gente se refazendo, se reinventando, lutando com todas as suas forças para jamais desistir de sua missão, do seu propósito. Empresários de todos os tamanhos buscam alternativas diárias à crise, que não é só de saúde, mas também é econômica e, por falta de total solidariedade, também é política.

No entanto, meus amigos, eu tenho uma certeza muito forte de que nós, povo brasileiro de cada rincão deste país, estamos fazendo a diferença, sem agressões, com muito trabalho, muita dedicação e muita fé. Já que nos parece que aqueles que deveriam assumir a liderança resolveram agredir e criar pavor e pânico, vamos fazer com que o povo assuma a liderança e seja líder de seu destino, líder das escolhas, líder nas palavras e nas atitudes. Certamente, teremos um novo mundo quando tudo passar, mas, o que realmente ficará claro e bem diferenciado é ver quem lutou, ajudou, motivou e agregou. Tenho certeza de que passaremos por este grande desafio mundial, mas não percamos a oportunidade de melhorar e evoluir como seres humanos, pois este é o momento; isso o vírus nos impõe.

Quero finalizar agradecendo à grande nação de profissionais da saúde e aos trabalhadores e empresários deste país e do mundo, pois eles marcarão a mudança para uma nova era. É um momento que ficará na história. Sejamos líderes de nós mesmos e certamente venceremos. A tempestade vai passar!