O colecionador realiza seu sonho
Acesso à arte. Veja como nosso “Personagem da Semana” proporcionará isso a Florianópolis
Ele anunciou no começo dessa semana em primeira mão no portal Imagem da Ilha a concretização de um antigo projeto. Aos 66 anos, o médico e colecionador de arte Marcelo Collaço Paulo está a poucos dias de inaugurar o “Instituto Collaço Paulo – Centro de Arte e Educação”, na Praia do Meio, em Coqueiros.
Nosso “Personagem da Semana” é responsável junto com a esposa, Jeanine Gondin Paulo, pela iniciativa que desde já está sendo considerada a mais importante no setor artístico e cultural em Florianópolis em 2022, coroando uma trajetória na qual este notável florianopolitano tem equilibrado a paixão pela medicina, tornando-se desde os anos 1980 referência na oncologia, e pela arte.
O Instituto vem ao encontro do desejo de dar um sentido social ao acesso ao acervo dos séculos XV ao XXI que o casal reuniu, e levar conhecimento às novas gerações. Exposições periódicas com obras de grandes artistas selecionadas da coleção, visitas mediadas de estudantes e muitas outras atividades culturais prometem fazer do novo espaço, sem fins lucrativos, um marco na história da arte em SC.
Em entrevista ao Imagem da Ilha, Marcelo comenta que a coleção do casal nasceu como “obra do acaso e do amor”. Segundo ele, “começamos muito cedo, há mais ou menos 40 anos, juntando algumas peças. Certo momento, nos deparamos com um conjunto do qual não tínhamos mais condições de nos separar. Neste momento, descobrimos que colecionar já fazia parte das nossas vidas. A Jeanine sempre foi companheira na arte de escolher e cuidar”.
A primeira vez que o público pôde ver parte da coleção foi em 2017 na exposição “Sensos e Sentidos”, no MASC. Já na época, Marcelo enfatizava o desejo de criar o Instituto. Hoje, ele revela sua alegria em ver o projeto ficando pronto – a inauguração ao público será no próximo dia 30, às 13h30. “Nosso pensamento é que arte tem que ser preservada, divulgada, compartilhada e transmitida às próximas gerações. O instituto vem com este propósito”, reforça.
Difícil apontar qual ou quais obras são as mais relevantes do acervo que começará a ser exposto a partir do dia 30. O colecionador responde que “a importância da arte não está no valor nominal, mas sim na emoção que ela traz para o observador. Quando percorro as obras sinto que cada uma delas tem a sua mensagem e emoção. O valor é o legado que elas deixam”.
A primeira exposição, “Mais Humano”, vai abranger o período de 1850 a 1930 com uma seleção de cerca de 70 obras assinadas por Victor Meirelles, Eliseo Visconti, Pedro Américo e Georgina de Albuquerque, entre outros. “Já temos uma sequência de exposições programadas até o final de 2023. Artistas catarinenses estarão presentes, entre eles, com certeza o mestre Martinho de Haro”, antecipa Marcelo. A curadoria da exposição é da professora Francine Goudel, curadora-chefe do Instituto.
O novo espaço chega trazendo no DNA o objetivo de educar os mais jovens com conhecimento sobre arte e cultura. “O que dá sentido para a sua criação é levar a arte para os jovens e crianças através de programas educativos para a comunidade. O Instituto não tem fins lucrativos e a sua recompensa será a alegria que poderá ser estampada nesta participação, no encontro com as artes”.
O Instituto Collaço Paulo funcionará de segunda a sábado, entre as 13h30 e 18h30. A entrada será gratuita. O espaço será apresentado à imprensa dia 27. No dia 29, véspera da abertura para o público, haverá um coquetel para convidados. “Estar ao lado da arte sempre nos faz pessoas melhores. Espero que gostem e desfrutem daquilo que foram nossas companhias durante toda uma vida”.
Texto escrito por Urbano Salles
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