Muros e fachadas de escolas municipais são transformados na Capital
Cada traço foi feito de forma voluntária pelos artistas plásticos, dentre eles, Luciano Martins
Muros e fachadas de unidades educativas de Florianópolis estão ganhando um colorido nunca visto. Até o momento, 49 já estão de cara nova. Os temas são os mais variados; boi de mamão, o hino da Capital, brincadeiras, educação étnico-racial, tecnologia, sustentabilidade, pesca. Cada traço feito de forma voluntária pelos artistas plásticos, dentre eles, Luciano Martins, tem uma história a ser contada.
É a comunidade quem decide o que será projetado em escolas e núcleos de educação infantil, enfatiza o titular da pasta da Educação na Capital, Maurício Fernandes Pereira. “Um ambiente agradável é um fator muito importante para a construção da autoestima dos estudantes, dos professores e da comunidade escolar. Na prática, ambientes limpos, organizados e pensados para estimular o bem-estar certamente são muito mais bem vistos por todos”, frisa.
No Núcleo de Educação Infantil (Neim) Waldemar da Silva Filho, na Trindade, foram feitas artes em homenagem ao Rancho do Amor à Ilha. É possível identificar os elementos do hino de Florianópolis através das figuras. Rendeiras, figueira, uma pessoa lendo jornal, criança rindo, pássaros, moça faceira. Há frases do hino espalhadas pelo muro: “um pedacinho de terra perdido no mar”, “um pedacinho de terra beleza sem par” e “Jamais a natureza reuniu tanta beleza”.
A diretora da unidade educativa fala que a escolha do tema tem tudo a ver com o patrono do Neim. Waldemar Joaquim da Silva Filho, o Caruso, então, vereador, foi o autor, em 1968, do projeto que transformou a música do poeta Zininho em hino de Florianópolis. “O nosso Neim está mais bonito e respirando mais cultura”.
Quem visita o Neim Orlandina Cordeiro, no Saco Grande, se depara com personagens da cultura e tradição açoriana, com a bernunça, boi de mamão, maricota, a cabra, o cavalo, o urubu.
No Neim Doralice Teodora Bastos, em Canasvieiras, a brincadeira é essência das pinturas. Há criança no balanço, com borboletas, criança puxando carrinho, crianças olhando pássaros, soltando bolinhas de sabão. “Ficou a nossa cara, o mais importe na educação infantil é o brincar”, diz orgulhosa a diretora Claudia de Almeida. Há duas frases nos muros: ‘bem-vindo ao seu território, agora nosso lugar” e “brincar é um desejo de viver por completo”.
O Neim Vicentina Maria da Costa Laurindo, na Vargem Pequena, optou pelo tema educação étnico-racial. Já o Neim Doralice Maria Dias (Vargem do Bom Jesus), considerada como a creche do futuro, tem temáticas envolvendo tecnologia e palavras como conhecimento, criatividade, inteligência, identidade, pertencimento, descoberta, inovação, investigação, aprendizado, oportunidade, autonomia.
O Núcleo de Educação Infantil Clair Gruber Souza, em Canasvieras, apostou em vários temas. Há a figura do Pequeno Príncipe, a Ponte Hercílio Luz, Mercado Público, pescador e rendeira. Há frutas, como pêra, abacaxi e banana. Há pessoas afros, indígenas e brancas, assim como bicho-preguiça, unicórnio e ilhama. A diretora Andreia Vanessa relata que o artista Luciano Martins, de forma voluntária, aceitou fazer o layout das pinturas. “Tudo ficou um sonho”.
Ilustrações de Luciano Martins retratam o lúdico nos muros de escola de Canavieiras
A Escola Básica Municipal João Alfredo Rohr, no Córrego Grande, escolheu o tema sustentabilidade, consciência com os resíduos e acessibilidade. A EBM Luiz Candido da Luz, na Vargem do Bom Jesus, focou na cultura da pesca, na arquitetura da Ilha e na fauna marinha.
Da redação
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