Moradores formalizam comissão de atingidos
A fim de formalizar a comissão de líderes que representa os moradores atingidos pelo deslizamento da lagoa de evapoinfiltração, na Lagoa da Conceição, ocorrido no último dia 25 de janeiro, a CASAN participou de reunião em Comissão Especial da Câmara de Vereadores de Florianópolis na manhã dessa segunda-feira, 08.
“Como empresa pública, essa comissão precisa estar oficialmente criada para que possamos avaliar os seus pleitos e mensurar quem serão os afetados por suas reivindicações”, explicou o procurador Geral da CASAN, Allysson Mazzarin, que liderou a equipe de seis profissionais da empresa presentes na sessão especial da Câmara.
A CASAN já recebeu da Comissão de Atingidos – formada por Alexandre Maia, Amanda Nicoleit, Andréa Zanella, Pablo Zimmer e Thaliny Marques, a solicitação para rever pontos do Edital de Adiantamento Emergencial e Ressarcimento de Danos e acrescentar outros.
Moradores contra edital
O comerciante Ubirajara Camargo, 26, morador de uma servidão atingida pelo alagamento, relembra os estragos causados nas residências e também os danos causados à saúde de alguns moradores. Ele diz que e assistência da Casan foi precária e que a companhia não tem plano de ação para eventos como esse. “Estamos reunidos aqui deixando a nossa indignação em frente a esses acontecimentos”, disse.
Perguntado se os moradores já receberam algum apoio financeiro da Casan, Camargo destacou que no dia do alagamento, as famílias não conseguiram acessar as suas residências. "No dia seguinte, mais de 50 funcionários da Casan estiverem no local para fazer a vistoria dos imóveis no primeiro momento, quando as famílias ainda estavam fragilizadas e não receberam o acolhimento inicial. A primeira ação deveria ter sido a de auxílio médico e psicológico, para depois focar no restante”, desabafou.
De acordo com ele, o edital proposto pela Casan na semana do ocorrido prevê um pagamento de até R$ 10 mil reais a ser descontado da indenização final a título de auxílio emergencial. “Isso é ilógico. Os custos das famílias são decorrentes do ocorrido que é de responsabilidade da Casan. Porém um dos pontos do edital indica que o alagamento é considerado um desastre natural. ”Por razões como essas, nós, moradores, somos contra esse edital”, finalizou.
Reunião de trabalho
Os pleitos serão avaliados na primeira reunião de trabalho marcada para esta terça-feira, 09, na sede da empresa, com seis representantes da CASAN, seis da comissão de moradores e representantes do parlamento municipal. “Já há inúmeros pontos do Edital em revisão, muitos deles trazidos pelos próprios funcionários da Companhia que desde o dia do acidente participam da Força-Tarefa no local”, adiantou o procurador Bruno Bonemer.
Para o presidente da Câmara, o encontro foi bastante positivo e com significativo avanço. “Esse é o papel da Câmara, sendo a ponte entre a comunidade e a Companhia", disse Katumi.
Da redação
Gostou deste conteúdo? Compartilhe utilizando um dos ícones abaixo!
Pode ser no seu Face, Twitter ou WhatsApp!