Literatura de luto: morre Paulo da Costa Ramos
O jornalista Paulo da Costa Ramos foi o cronista de uma Florianópolis que já não existe mais

Na manhã de hoje, morreu em casa aos 82 anos de parara cardíaca, o jornalista manezinho Paulo da Costa Ramos. Autor de cerca de 9 mil crônicas e um dos grandes nomes da literatura de jornal em Santa Catarina, dono de uma escrita leve, irônica e afetuosa, Paulo era uma espécie de Rubem Braga da província — sem qualquer demérito à condição periférica de Florianópolis, especialmente se comparada ao Rio de Janeiro.
Paulo amava música, cinema, e bons restaurantes. Tinha um faro refinado para o que valia a pena, e uma devoção sagrada ao Flamengo. Viajou muito, passou por perrengues no exterior, mas nunca perdeu o humor ou o olhar poético sobre as coisas simples. Era desses homens que sabiam transformar o cotidiano em literatura — e, por isso, tocava fundo quem o lia.
Foi um ícone silencioso de uma cidade que também já se foi. Sua crônica era um espaço de memória, de encantamento, e de crítica delicada. Com ele, vai também um pedaço da Florianópolis dos cafés, das livrarias, das conversas na calçada, dos nomes que fizeram da cidade uma ilha de cultura.
Atualização - Velório
A família conta com a presença de todos que desejarem se despedir e prestar suas últimas homenagens, e informa que o velório será realizado nesta quinta-feira, 07 de agosto, a partir das 8h30 e cerimônia de cremação às 11h30, no Cemitério Jardim da Paz - Florianópolis, SC.
Prefeitura decreta luto oficial
O prefeito Topázio Neto decretou luto oficial de 3 dias na Capital em virtude da morte do jornalista e cronista Paulo da Costa Ramos, ocorrida nesta quarta-feira, 06, em Florianópolis.
Da redação
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