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Ilha do Campeche vira Unidade de Conservação
Área de 51 hectares ganha novos instrumentos legais para proteger patrimônio natural e cultural

Ilha do Campeche vira Unidade de Conservação
A Ilha do Campeche passa a ser gerida pelo município e ganha status de Unidade de Conservação, reforçando o compromisso com a preservação ambiental. (Foto: Allan Carvalho/PMF)

Publicado em 18/08/2025

A Ilha do Campeche, um dos cartões-postais mais visitados de Florianópolis, passa oficialmente a ser administrada pelo município e agora integra o rol de Unidades de Conservação. A criação do Monumento Natural Municipal foi formalizada nesta segunda-feira, 18 de agosto, em ato da Prefeitura por meio da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram).

Com a mudança, a cidade assume a responsabilidade que antes estava sob o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), mediada pela Justiça Federal. A partir de agora, caberá à gestão municipal definir regras para visitação, turismo e preservação, com expectativa de que a regulamentação de acesso já esteja em vigor na próxima temporada de verão.

A decisão representa o resultado de uma longa articulação envolvendo Ministério Público Federal, União, Secretaria do Patrimônio da União (SPU), IPHAN, Floram, além de entidades locais como o Instituto Ilha do Campeche, associações de barqueiros e pescadores da região, a Acompeche e a Capitania dos Portos. O processo de mediação priorizou o consenso e a preservação do patrimônio natural e cultural da ilha.

Embora a Ilha do Campeche já tivesse reconhecimento ambiental e histórico — declarada Área de Preservação Permanente em 1985, tombada pelo IPHAN em 2000 e regulamentada por portaria federal em 2009 — as pressões sobre o ecossistema nunca deixaram de existir. A exploração irregular e a superlotação de visitantes frequentemente ultrapassavam a capacidade de suporte, ameaçando a conservação do local.

Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Alexandre Waltrick, a criação da nova Unidade de Conservação é fundamental para mudar esse cenário. “Trata-se de um passo decisivo para que possamos pensar esse espaço como um local de preservação e controle. Assim, enfrentaremos problemas como a exploração indevida e qualificaremos a experiência dos visitantes”, destaca.

A proposta, entretanto, não prevê restrição absoluta ao público. O modelo de gestão estabelece que a visitação será mantida, mas com monitoramento rigoroso, limites claros e infraestrutura adequada. Também estão previstos um Conselho Gestor participativo e a elaboração de um Plano de Manejo, que deve ser concluído até o início do próximo ano.

Com 51 hectares de extensão, a Ilha do Campeche é reconhecida pela beleza natural e pela relevância arqueológica e cultural. Agora, ao ser elevada à condição de Monumento Natural Municipal, passa a contar com instrumentos legais mais robustos para sua conservação. Florianópolis chega, assim, a 11 Unidades de Conservação municipais, fortalecendo seu papel como referência em gestão ambiental.

 

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Da redação

Fonte: PMF

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