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Frente Parlamentar do Audiovisual é lançada no 27º FAM
Iniciativa é uma das primeiras em âmbito estadual no país

Iniciativa partiu da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), com proposição do deputado Marcos José de Abreu - Marquito (PSOL/SC) (Foto: Divulgação FAM 2023) **Clique para ampliar

Publicado em 27/09/2023

Nessa terça-feira, 26, o setor audiovisual de Santa Catarina viveu um momento histórico, com o lançamento, durante o 27º Festival Internacional de Cinema Florianópolis Audiovisual Mercosul - FAM 2023, da Frente Parlamentar do Audiovisual.

Com uma sala repleta e representantes de múltiplas instituições, o evento teve 
momentos emocionantes com a apresentação do grupo de afrofilosofia Ilu Oju Inu e a leitura do Manifesto Antirracista pela realizadora audiovisual Sandra Alves, além de uma intensa salva de palmas ao criador do FAM, Celso dos Santos, que assistiu ao evento de forma on-line.

Por iniciativa da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) e proposição do deputado Marcos José de Abreu - Marquito (PSOL/SC), a Frente passa a ser uma das primeiras em âmbito estadual no país e nasce com apoio do Conselho Estadual de Cultura, Cinemateca Catarinense, Fundação Catarinense de Cultura, Associação de Profissionais do Audiovisual Negro (APAN), Associação das Produtoras Independentes do Audiovisual Brasileiro - API, Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul - Arpinsul, BRAVI - Audiovisual Independente, Fórum Brasileiro de Ensino de Cinema e Audiovisual - Forcine, Fórum dos Festivais, Panvision, Santacine e Sintracine.

Já fazem parte os deputados Marquito, Luciane Carminatti (PT), Fabiano da Luz (PT), Padre Pedro Baldissera (PT), Rodrigo Minotto (PDT), Napoleão Bernardes (PSD) e Mário Motta (PSD), mas outros parlamentares já manifestaram interesse. “A Frente é suprapartidária, por acreditar na capacidade do setor audiovisual, na sua qualidade e diversidade, é uma grande motivação para auxiliar no desenvolvimento do setor”, disse Marquito, que agradeceu a presença e parceria do FAM e sua importante função para a cidade, o Mercosul e o debate políticas públicas do audiovisual.

Para Luciane Carminatti, presidente da Comissão de Educação e Cultura da Alesc, a Frente é mais uma força específica em defesa do audiovisual e celebrou o maior orçamento da história para o audiovisual neste ano. Destacou que entre 2010 e 2019, aumentou em 429% o número de agentes econômicos no audiovisual catarinense, de 90 para 476, mas que o Estado possui o maior número de células nazistas do país. “Precisamos combater todas as manifestações racistas e este manifesto apresentado é fundamental para demarcar que povos indígenas e negros fazem audiovisual e precisam estar aqui”.

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Rafael Nogueira, presidente da FCC, destacou a necessidade dos poderes executivo e legislativo reforçarem a indústria criativa e que foi lançado o maior edital da história do estado, o Prêmio Catarinense de Cinema, incorporado à Lei Paulo Gustavo, alcançando R$ 38 milhões, e serão sete editais ligados a essa lei.

Entre os representantes das diferentes instituições presentes, Aline Belli, presidente do Santacine, falou do sonho antigo de criar uma frente pelo audiovisual independente, inspirada nos movimentos pela Frente Nacional no Congresso, e que é preciso rever a Lei do PIC, o Prêmio Catarinense de Cinema e os desafios nacionais para a atividade. Cintia Bittar, da API, acrescentou que o setor vive um momento crítico em relação aos marcos regulatórios e que é preciso força institucional para defender os direitos autorais no ambiente digital.

Entre as representantes indígenas, Vanessa Fe Ha, coordenadora de comunicação da Arpinsul, do povo kaingang e estudante de jornalismo, ressaltou que o trabalho é mostrar a força dos povos indígenas e suas lutas, não apenas a cultura dos colonizadores. “Ressignifico a fala da ministra Sṍnia Guajajara, nunca mais um FAM sem os povos indígenas, nós também sabemos fazer audiovisual”.

Werá Eliezer, cineasta guarani do Morro dos Cavalos, criador de projeto de capacitação de jovens no audiovisual no litoral catarinense, fez uma oficina de cinema no FAM 2018. “O audiovisual é uma ferramenta de luta, vários editais não são adaptados a povos indígenas, é preciso dar oportunidade para produzirmos nossos filmes”, considerou. Gabriel Borges, da APAN, ressaltou a iniciativa inovadora da Frente, que abre possiblidade para políticas públicas mais inclusivas e diversas, comprometida com valorização profisionais negros e indígenas e com mudança de imaginário.

Carolina Borges de Andrade, conselheira do audiovisual, citou a reorganização da Setorial do Audiovisual e a necessidade de aprimoramento das leis e cotas nos editais, como para pessoas com deficiência. Marina Simioli, presidente da Cinemateca Catarinense, entidade de 37 anos que deu origem ao Prêmio Catarinense de Cinema, destacou o projeto Qualifica, de formação, a descentralização em diversas mesorregiões e a busca pela retomada do acervo do cinema catarinense.

Por fim, Tiago Santos, Diretor Executivo do FAM, lembrou que o Festival é feito pela Panvision, uma associação cultural, e a importância de circulação dos filmes, como faz o Circuito FAM de Cinema, que já alcançou 202 cidades desde 2005 e um público de mais de 50 mil pessoas, além do selo de sustentabilidade Ecovision, pautas que a Frente Parlamentar também pode incentivar.

Assista na íntegra o lançamento: https://www.youtube.com/@famdetodos

Para assinar o Manifesto Antirracista no audiovisual: https://forms.gle/1fi7xKQg4Vv2aSWQ7

O 27º Florianópolis Audiovisual Mercosul - FAM 2023 é produzido com o patrocínio ANCINE - Agência Nacional do Cinema e Sebrae. Através da Lei de Incentivo à Cultura, tem o patrocínio Itaú Unibanco. Realização da Associação Cultural Panvision, Muringa Produções Audiovisuais, Prêmio Catarinense de Cinema, Fundação Catarinense de Cultura, Estado de Santa Catarina, Ministério da Cultura, Governo Federal União e Reconstrução.

Da redação

 

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