Fortaleza de Santo Antônio de Ratones está restaurada
Local integra lista indicativa do Conjunto de Fortificações do Brasil que concorrerão ao título de Patrimônio Mundial da Humanidade, concedido pela UNESCO.
A Fortaleza de Santo Antônio de Ratones, na Ilha de Ratones Grande, na Baía Norte de Florianópolis, passou por um processo de restauração e requalificação. As obras foram entregues nessa segunda-feira, 27.
A fortaleza atualmente faz parte da lista indicativa do Conjunto de Fortificações do Brasil que concorrerão ao título de Patrimônio Mundial da Humanidade, concedido pela UNESCO. Neste contexto, para que a fortaleza seja de fato um espaço de fruição, foi necessário requalificá-la através da execução da restauração completa das edificações e das propostas de paisagismo, expografia e sinalização.
O investimento foi de R$ 8.285.202,00, advindos do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos do Ministério da Justiça (FDD) e de emenda parlamentar do senador Espiridião Amin.
Inicialmente sob a jurisdição da Marinha do Brasil, a fortaleza hoje é administrada pela Universidade Federal de Santa Catarina.
A obra
Durante a obra, os rebocos à base de cal foram recuperados, as coberturas foram parcialmente refeitas, os pisos e forros recuperados. As instalações elétrica e hidráulica foram substituídas e ampliadas, foi instalado sistema de prevenção de descargas atmosféricas, e renovadas as instalações de prevenção de incêndio. Também foi instalado novo sistema de placas fotovoltaicas que será responsável por todo o fornecimento de energia para o bem. Foram instaladas novas estruturas de sanitários e iluminação.
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Também foi instalado um funicular que funcionará com a energia gerada pelas placas fotovoltaicas, o qual atenderá o público com dificuldade em vencer o acesso à portada da Fortaleza, construída como elemento de defesa e, portanto, propositalmente difícil de acessar. Na parte interna da fortaleza, foram instalados painéis expográficos com informações sobre a história e a arquitetura do bem.
A história da fortaleza
Construída em 1740, a Fortaleza de Santo Antônio de Ratones faz parte, juntamente com as Fortalezas de Santa Cruz de Anhatomirim e de São José da Ponta Grossa, do triângulo defensivo da baía norte da Ilha de Santa Catarina. Esse sistema foi projetado pelo Engenheiro Militar Brigadeiro José da Silva Paes, com o intuito de proteger a Ilha de Santa Catarina de invasões estrangeiras, consolidar a ocupação ao sul do Brasil Colônia e servir de base para a defesa e manutenção da Colônia de Sacramento.
Após ser abandonada em 1777, durante a invasão espanhola, e desativada no decorrer do século XIX, a fortificação também foi ocupada pelos rebeldes no decorrer da Revolução Federalista, em 1893, na qual instalaram dois canhões raiados. Por fim, durante o início do século XX, teve seu uso modificado, passando a ser utilizada como lazareto.
Em 1938, já em ruínas, a fortificação é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), inscrito nos livros do tombo Histórico e de Belas Artes através do número de processo 0155-T-38 do dia 24 de maio de 1938. A partir de 1990, através de uma iniciativa da Universidade Federal de Santa Catarina e do IPHAN, ocorre a restauração da Fortaleza de Santo Antônio de Ratones pelo “Projeto Fortalezas da Ilha de Santa Catarina – 250 anos de História Brasileira”, com recursos da Fundação Banco do Brasil. A mesma iniciativa recuperou a Fortaleza São José da Ponta Grossa.
Da redação
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