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Maria Garcia: A chama do altruísmo desde a infância
A bombeira civil conta como foi atuar salvando vítimas do desastre no estado vizinho

Maria Garcia, bombeira civil que atuou nos resgates no RS, nasceu em São Lourenço do Sul e reside em Florianópolis. (Fotos: Acervo pessoal) ***CLIQUE PARA AMPLIAR IMAGEM

Publicado em 28/05/2024

O Rio Grande do Sul enfrentou uma das piores enchentes de sua história este ano, com milhares de pessoas desalojadas e cidades inteiras submersas. Em meio ao caos e à destruição, histórias de coragem e dedicação emergem, como a da bombeira civil Maria Garcia, que se voluntariou para ajudar as vítimas em Canoas–RS. Em uma entrevista exclusiva, ela compartilha suas motivações, desafios e a importância da cooperação em momentos de crise.

A paixão por salvar vidas começou na infância, quando seu pai trouxe de presente três caminhões de bombeiro para ela e seus irmãos. O que parecia apenas uma brincadeira plantou a semente de um futuro dedicado ao serviço. "Sempre vi meu pai e minha mãe ajudando o próximo sem esperar nada em troca. Cresci envolvida com ações sociais, e isso moldou meu desejo de ajudar", conta a bombeira civil, que atua na área há três anos.

Nascida em São Lourenço do Sul e residente em Florianópolis, ela sente-se honrada em representar ambas as cidades. "É gratificante poder ajudar diretamente às vítimas da tragédia. Ver pessoas de diferentes áreas se unindo pelo bem comum é inspirador", afirma.

Na saída de Florianópolis, com transporte patrocinado pela Fundação SOMAR, o grupo de voluntários que atuou em Canoas-RS. Garcia é a última à direira
 

Organizada pela profissional de saúde Amanda Rapanos, a missão de ajuda humanitária envolveu uma equipe diversificada. Chegando a Canoas, o grupo foi dirigido pelo Dr. Gustavo Bredow para atuar em diferentes abrigos. A logística de preparar e distribuir suprimentos essenciais, como alimentos, água potável e medicamentos, foi um desafio constante.

"Levamos materiais de primeiros socorros e medicamentos para combater surtos de viroses causadas pela água contaminada. Esses remédios são vitais para a população", explica. Resgatar pessoas e animais em áreas inundadas e distribuir cestas básicas em meio a saques foram algumas das situações mais difíceis enfrentadas.

Em tempos de crise, a cooperação entre diferentes cidades e estados é crucial. "Ela permite o compartilhamento de recursos e coordenação de esforços, maximizando o alcance e a eficiência das operações de socorro", destaca Maria.

Voluntariado na Escola EMEF Professora Nancy Ferreira Pansera: Na foto, as voluntárias Maria Garcia(E), sua mãe, Cleonice Garcia Vieira e Ana Sydor (agachada), junto com um dos representantes da escola que está servindo como abrigo para acolher as vítimas da tragédia.
 

A bombeira civil enfatiza a necessidade de um sistema de alerta precoce mais eficaz para monitorar eventos climáticos extremos. Além disso, ela acredita na importância de capacitar a comunidade para agir em emergências, conforme feito no site do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC). Sua mensagem para aqueles que desejam se envolver em ações voluntárias é clara: "Fazer o bem enriquece a alma. As pessoas precisam do seu apoio e generosidade. Esteja aberto para aprender, evoluir e contribuir de maneiras significativas", lembra.

A enchente no Rio Grande do Sul revisitou não apenas a destruição, mas também a força e a solidariedade de pessoas comuns transformadas em heróis. A história da bombeira civil Maria Garcia é um exemplo inspirador de dedicação e altruísmo, lembrando-nos da importância de estarmos prontos para ajudar o próximo em momentos de necessidade.

Maria Garcia e sua parceira de missão, a bombeira civil Laiala Texeira. 

 

Confira nossa matéria sobre os profissionais de SC que foram ao RS no dia 16/05, para levar ajuda humanitária à população gaúcha atingida pelas inundações.

 

Da redação

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