Empreendeu na quarentena? 3 passos para manter tudo em dia
A crise do coronavírus pegou em cheio o bolso de muitas empresas e pessoas que estavam despreparadas. Além da saúde física, a financeira também ganhou destaque nessa crise: lojistas e restaurantes fecharam as portas, pessoas que trabalham com aplicativo de transporte pararam de circular. Porém, mesmo diante desse cenário, houve um aumento no número de empreendedores do Brasil. Os e-commerces foram opção para muitas pessoas que ficaram desempregadas ou sem renda e precisaram migrar para o digital. Para se ter uma ideia, o segmento registrou R$ 670 milhões em vendas em junho, em todo o país. Em relação ao mesmo mês do ano passado, a média diária de vendas em 2020 cresceu 73%, segundo dados da Receita Federal.
De acordo com a contadora Ariane Marta, nem sempre é fácil investir, principalmente na crise, mas alguns setores se mostram ainda mais vantajosos nesse momento. “Profissionais que oferecem serviços ao invés de produtos como: arquitetos, jornalistas, engenheiros ou áreas ligadas a tecnologia, por exemplo, são negócios que precisam de menos investimento, pois não necessitam de um capital de giro alto e nem uma grande contratação de funcionários, pelo menos no início”, exemplofica a especialista.
Abaixo, a especialista lista três dicas para manter seu negócio de pé. Confira:
1 - Tenha um plano de negócios: a elaboração desse planejamento é fundamental para evitar crises e garantir o futuro da empresa. “Abrir seu negócio próprio requer muita organização e conhecimento sobre tudo o que engloba empreender. É preciso se questionar sobre todas as possibilidades, pensar qual produto ou serviço você vai vender, em qual local, avaliar o mercado, conhecer o ramo, ter um plano financeiro, e unir todas essas informações em um plano de negócios. O Sebrae ajudou muitos empreendedores que tiveram que entrar de cabeça em um negócio, da noite para o dia, em meio a pandemia”, aconselha Ariane.
2 - Fique atento a todas as papeladas: outro ponto importante é saber qual será o tipo da sua empresa - Micro Empreendedor Individual (MEI), Sociedade Simples (SS), Limitada (Eireli) ou outro modelo. “É preciso pensar em toda a documentação para abrir o CNPJ, além de outros registros, por exemplo: se o local vai ser físico, também precisa de uma análise da documentação deste imóvel, se é um restaurante você deve entrar em contato com os órgãos responsáveis. Por isso, é preciso analisar todos órgãos que gerenciam o setor que se está investindo e tomar cuidado para manter toda a documentação em dia”, alerta Ariane Marta.
Além disso, é necessário saber em qual Regime Tributário a empresa se encaixa. “Existem três regimes principais: o simples nacional, lucro presumido e lucro real. Com a ajuda de um contador o empreendedor consegue entender qual é mais vantajoso para o seu negócio, programar e definir todos os tributos que as empresas precisam pagar ao Governo”, saliente Ariane.
3 - Faça um acompanhamento diário: é necessário colocar todas as entradas e saídas na ponta do lápis, além disso a parte contábil deve estar sempre em dia. “Existem muitas declarações, impostos e processos que uma empresa saudável deve seguir, por isso é indicado o acompanhamento de um contador ou contar com um especialista da área. Anote todos os processos para que isso não gere uma bola de neve lá na frente. Com organização e cautela é possível manter seu negócio de pé e empreender sem risco”, finaliza Ariane Marta.
Da redação