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Em nome de Bia e Geovania, a homenagem às catarinenses

Legenda: Dep. Geovania de Sá (à esquerda) e Bia Doria (de branco) num encontro de mulheres em Concórdia (Foto: Divulgação) **Clique para ampliar

Publicado em 08/03/2022

Beatriz Maria Bettanin Doria, mais conhecida como Bia Doria, nasceu em Pinhalzinho, Oeste do estado. É artista plástica, conhecida por utilizar matérias difíceis de serem trabalhadas, como árvores remanescentes de queimadas ou retiradas de fundos de rios. É a primeira-dama do Estado de São Paulo, casada com João Doria, e presidente do Conselho de Administração do Fundo Social. O casal tem três filhos, com metade do sangue catarinense.

Bia Doria é uma das centenas de mulheres que ocupam cargos de chefia no Governo de São Paulo. A ela se juntam, por exemplo, Célia Parnes, no Desenvolvimento Social, Patricia Ellen, na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Célia Leão, na Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Lia Porto Corona, na Procuradoria Geral do Estado, e a biomédica Regiane de Paula, coordenadora do Programa Estadual de Imunização. Nada menos que 60% dos cargos de chefia no Governo de SP são ocupados por mulheres.

Esta representatividade é importante. Há 90 anos, em 24 de fevereiro de 1932, as mulheres passaram a ter o direito de votar e serem eleitas. O anacronismo da participação feminina não estava resolvido. O voto obrigatório, igualitário, só foi adotado em 1946 – antes, vários estágios exemplificam o quanto a visão machista foi prejudicial. Na Nova Zelândia o voto feminino foi decidido em 1893.

Passadas nove décadas, mulheres são 53% da população, porém dirigem apenas 11% dos municípios brasileiros. Na Câmara dos Deputados, ocupam 15% das cadeiras: 77 representantes. Uma delas, que muito nos orgulha, é a deputada federal do PSDB de Santa Catarina, Geovania de Sá, natural de Criciúma. No Senado, é pior: 12, das 81 vagas (14%).

O estudo Atenea, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), resume: “Quando se analisa o caso brasileiro comparativamente aos demais países, em termos de dados gerais de paridade, o que mais sobressai é a condição precária da participação política formal das mulheres. Nas demais dimensões houve avanços, mas é na política que a paridade está mais distante”.

As mulheres tiveram que chutar a porta para entrar na política. São do Rio Grande do Norte os exemplos inaugurais: em novembro de 1927, Celina Guimarães Vianna, em Mossoró, foi a primeira eleitora. No ano seguinte, aos 32 anos, Alzira Soriano, a primeira escolhida para comandar um município na América do Sul, em Lajes. Eleitora e eleita graças à legislação potiguar, antes do Brasil. 

Mas Santa Catarina também deu um grande exemplo para o Brasil: em 1934, acontece a primeira eleição em que mulheres puderam votar e serem votadas para o Executivo e Legislativo. A ativista e jornalista Antonieta de Barros foi a primeira deputada estadual mulher e negra do país e uma pioneira no combate à discriminação dos negros e das mulheres. 

Na Secretaria de Turismo e Viagens de SP, duas expressivas empresárias fazem parte do Conselho de Gestão: Chieko Aoki e Luiza Trajano. A primeira, fundadora e CEO da rede Blue Tree de hotéis; a segunda é o grande nome do varejo nacional, além de liderança inconteste na defesa da participação feminina na política. 

Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o respeito, a admiração e o agradecimento a todas as mulheres que emprestam o seu talento para o desenvolvimento de um Estado e de um Brasil melhor.

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