Dr. Maillard incorpora robótica aos procedimentos
Referência na área da ginecologia e obstetrícia, Jean Louis Maillard se prepara para utilizar técnica inovadora em seus procedimentos cirúrgicos
O advento da tecnologia vem exercendo papel fundamental na medicina. Procedimentos cirúrgicos que antes eram bastante invasivos estão ganhando técnicas cada vez mais inovadoras. Imagine uma cirurgia assistida por vídeo e por um robô que é manuseado por um cirurgião que está em outro país. Parece algo futurístico, não é? Pois saiba que a cirurgia robótica já é realizada no Brasil. Nosso Personagem da Semana está realizando a certificação com robôs Da Vinci* e logo estará realizando a técnica em diversos tipos de cirurgias de sua área de atuação. Referência em Florianópolis, Jean Louis Maillard é ginecologista e obstetra, especialista em cirurgia laparoscópica e histeroscópica e em reprodução humana.
Tudo começou com a laparoscopia, técnica introduzida no Brasil nos anos 1960 por uma equipe médica da qual o pai de Maillard fazia parte. A laparoscopia é um tipo de procedimento cirúrgico em que o médico observa os órgãos internos por meio de pequenos cortes e da inserção de uma ótica conectada a uma câmera, que processa as imagens de todo o abdômen. Com o passar dos anos a técnica foi sendo aperfeiçoada e, nos anos 1990, evoluiu para a videolaparoscopia, que é uma cirurgia minimamente invasiva em que a imagem é projetada em uma tela e o cirurgião opera através de pequenos furos no abdômen.
De acordo com Maillard, a cirurgia robótica é um complemento das duas técnicas. ”É uma cirurgia que pode ser realizada de qualquer lugar do mundo, pois é assistida por vídeo e por um robô que é manuseado por um cirurgião treinado”, explica.
Funciona assim: um microcomputador (console) é conectado com os braços mecânicos do robô. Dessa forma, os cirurgiões podem realizar a cirurgia de longa distância. “A grande vantagem da cirurgia robótica é que ela oferece maior qualidade de imagem e de processo e conseguimos operar melhor, pois as pinças são articuladas, diferente da laparoscópica’, lembra o médico.
Indicações variadas
Jean Maillard explica que em sua área de atuação a cirurgia robótica é indicada para patologias benignas e malignas, como tumores, cânceres que não são invasivos, cirurgias de endometriose, cirurgias de miomas, retirada de útero, cistos de ovário, enfim, vários procedimentos que são feitos na especialidade da ginecologia.
A principal característica que diferencia uma cirurgia comum da robótica é que esta é muito menos invasiva. “O paciente tem pequenas incisões e, por consequência, cicatrizes muito menores, menor risco de reações infecciosas e inflamatórias, recuperação mais rápida, retorna às suas atividades profissionais e atividades físicas de uma maneira mais precoce e tem um menor tempo de internação”, destaca o médico Jean Louis Maillard. “É uma cirurgia que não tem volta”, destaca.
*Os robôs Da Vinci
A história dos robôs Da Vinci começou nos Estados Unidos, na década de 1980, com os estudos da SRI International, instituto de pesquisa sem fins lucrativos originalmente ligado à Universidade Stanford. A primeira versão foi lançada em 1999 pela empresa norte-americana Intuitive Surgical, e, hoje, os robôs estão espalhados por cerca de 5 mil hospitais no mundo.
No Brasil, existem aproximadamente 55 aparelhos da plataforma XI, quase todos em hospitais privados. Em Florianópolis, o Da Vinci está em uso no Hospital de Caridade.
Texto escrito por Gabriela Morateli dos Santos
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