Imagem da Ilha

Quase R$ 3 milhões anuais são gastos pela Prefeitura de Florianópolis com a remoção de resíduos volumosos descartados de forma irregular na cidade. Só em 2018, foram removidas 1,6 mil toneladas pela coleta de volumosos domiciliar e 109 toneladas por meia da entrega voluntária nos PEVs (Pontos de Entrega Voluntária) da Autarquia de Meloramentos da Capital - Comcap. Para promover a saúde pública e as boas práticas de vizinhança, a Comcap lançou este mês o calendário de coleta de resíduos volumosos que terá início a partir de junho. A Comcap realiza esse tipo de trabalho desde 1998. 

O sistema funcionará da seguinte forma: a equipe responsável pelo recolhimento domiciliar passará de porta em porta para recolher os produtos. Serão recolhidos latas, pneus, móveis, madeiras (separadas de outros materiais), podas de árvores (cortadas e amarradas), eletrodomésticos e restos de material de construção (em pequenas quantidades e ensacados). A Comcap orienta que o lixo volumoso a ser coletado deve ser deixado na rua antes das 7h, conforme o dia de coleta informado no calendário para cada bairro. Na semana que anteceder a coleta, a equipe de sensibilização ambiental passará por todas as ruas do bairro com carros de som e entregará folhetos avisando sobre o dia que os volumosos serão recolhidos.

Também serão instalados pontos móveis de entrega voluntária nos bairros. A Comcap já disponibiliza quatro ecopontos para entrega voluntária de resíduos sólidos em Florianópolis. Três deles ficam na Ilha, no bairro Itacorubi (Centro de Valorização de Resíduos), no Morro das Pedras e em Canasvieiras. O outro está localizado na região Continental, instalado no Terminal de Capoeiras. Nesses ecopontos são recolhidos eletrônicos, madeira, pilhas e baterias, óleo de cozinha, pneus, podas de árvores, recicláveis, eletrodomésticos e volumosos. Os resíduos devem ser colocados de forma separada no ecoponto para que a Comcap possa dar o destino final ambientalmente adequado a cada um dos materiais. Os ecopontos funcionam diariamente, das 7h às 19h; somente o de Canasvieiras funciona de segunda a sexta-feira, no mesmo horário.

Descarte incorreto

De acordo com a Comcap, há cerca de 200 pontos de descarte irregular em Florianópolis e a maior parte está localizada na região Continental e Norte da cidade. Descartar lixo e entulho na rua ou em áreas clandestinas é proibido em Florianópolis pelo Código de Posturas Municipal, Lei 1.224, de 1974. Também é crime ambiental e inafiançável, com penas de reclusão de um a cinco anos, pela Lei Federal 9.605. Além disso, resíduos mal destinados atraem vetores de doenças. A Comcap orienta que as pessoas denunciem quem comete esse tipo de crime por meio de fotos com detalhes que possam auxiliar na identificação do autor. As denúncias podem ser registradas no setor de Ouvidoria do site da Prefeitura Municipal de Florianópolis: www.pmf.sc.gov.br/ouvidoria.

Logística reversa

O destino de resíduos volumosos é de responsabilidade do gerador. Para restos de construção deve ser contratado o serviço pago de remoção. Móveis, colchões e eletrodomésticos que não estiverem em condições de serem doados, podem, ainda, ser devolvidos na loja onde será comprado o novo bem - é a chamada logística reversa. Nessa modalidade, a indústria se torna responsável pelos bens que coloca no mercado. 

Destino final

De acordo com os dados da Comcap, das 209 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos coletados em 2018, 6% foram recuperadas por meio da reciclagem e da compostagem. A meta para 2019 é que 12% dos resíduos coletados sejam desviados do aterro sanitário e recuperados. Lixos volumosos como restos de poda são encaminhados ao Centro de Valorização de Resíduos, no bairro Itacorubi, triturados e utilizados em praças, jardins e canteiros. As madeiras são processadas e encaminhadas para a indústria de reciclados. Outros resíduos pesados passam por uma triagem e são conduzidos para aproveitamento; o que sobra, é levado para o aterro sanitário.

Adubo orgânico: onde adquirir 

A edição nº 438 do Jornal Imagem da Ilha tratou da compostagem como um importante método para a preservação do meio ambiente e sobre a Lei da Compostagem para reciclagem de resíduos sólidos orgânicos. A lei, direcionada a estabelecimentos que produzem matéria orgânica, institui “a obrigatoriedade da destinação ambientalmente adequada de resíduos sólidos orgânicos por meio dos processos de reciclagem e compostagem”. Das 209 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos coletados pela Comcap em 2018, 35% são orgânicos (24% restos de alimentos e 11% resíduos verdes como podas, restos de jardinagem e folhas varridas na limpeza pública).

Quem não realiza a compostagem em casa, mas tem interesse em adquirir o adubo orgânico para utilização em Hortas e jardins, a Comcap disponibiliza pontos de entrega gratuita nos seguintes endereços: Jardim Botânico (rodovia Admar Gonzaga, no bairro Itacorubi) e no ecoponto de Canasvieiras (rua Desembargador Maurílio Coimbra, próximo ao campo da Amocan).

Da redação