De barraca em barraca
Edson Busch Machado aproveita a volta pra casa para desfrutar de experiências gastronômicas pelo trajeto
Santa Catarina é um Estado que se destaca por sua diversidade cultural. São diferentes etnias representadas através de seus costumes, artes, história, arquitetura e, é claro, a gastronomia. Na serra catarinense, o nosso Personagem da Semana, que é curador de arte, desempenha sua profissão e também aproveita para desfrutar de uma longa e agradável viagem com a esposa.
Nas manhãs de domingo, o trajeto de cerca de 2h30min de volta pra casa estende-se para perto de 7 horas. O motivo? Há muitas distrações na estrada. São pontos que merecem a atenção de Edson Busch Machado e de sua esposa Eula: barracas que vendem frutas, verduras, legumes, embutidos, queijos, balas, pães, ... nenhuma escapa! E eles sempre buscam por um trajeto diferente para desbravar novos locais para a lista de experiências gastronômicas à beira da estrada.
Ex-secretário de Cultura do Governo do Estado (Luiz Henrique da Silveira), atualmente Edson exerce consultoria e curadoria cultural para a galeria de arte da Vinícola Villa Francioni, em São Joaquim. A cada três meses, artistas brasileiros, especialmente os catarinenses, e do exterior, são convidados a expor no local, com visitação aberta ao público. Lá, Edson fica de três a quatro dias montando a exposição e organizando as visitas.
Como curador de arte, ele tem um olhar apurado para identificar belas obras. Com seu paladar não é diferente. Ele sabe apreciar a boa gastronomia. “Tenho esse olhar de buscar por coisas inusitadas, o curador de arte tem esse objetivo: buscar por novas descobertas artísticas”.
Iguarias feitas em SC
Durante o retorno para a capital catarinense, onde moram, o casal encontra iguarias como cogumelo porcini, trutas defumadas, geleias especiais com frutas da estação, todos produtos especiais oriundos de SC. “Há um requinte, uma riqueza gastronômica muito grande na beira da estrada; em barracas que muitas vezes nem tem placa, descobrimos produtos incríveis”, conta Edson.
Ele vê as barracas como “um oásis em meio à estrada, em meio ao movimento rápido dos carros”. “Paramos, conversamos, algumas pessoas têm sotaque italiano, outras alemão, outras são bem abrasileiradas, então é uma maravilha essa diversidade que o Estado oferece”.
"Sou inquieto, vou explorando todos os locais do trajeto", conta Edson (Foto: acervo pessoal)
A degustação itinerante segue ainda com ragú de cordeiro, iogurte natural com frutas, e assim por diante. “Há muitas riquezas nessas paradas. São produtos locais, de agricultores e produtores, que estão sendo apresentados ali”, destaca. Porém, garante não ser fiel a nenhuma das barracas. “Vou explorando todas. Sou inquieto”, afirma.
Com a esposa Eula ao volante e ele direcionando as paradas, o carro vai ficando cheio de produtos, que serão direcionados também para os vizinhos e o porteiro do prédio. “Não damos conta de degustar tudo”, conta.
Essa sua habilidade em explorar novos locais, Edson garante que herdou do pai, que foi caixeiro-viajante (função conhecida como representante comercial), pela mesma região. “Ele fez esse itinerário durante a vida toda com um jipe Willys 1954 e, na época, a estrada era de barro”, relembra.
Texto escrito por Gabriela Morateli dos Santos
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