Contrate um especialista (e economize tempo e dinheiro)
Um profissional de comunicação experiente ou uma empresa de comunicação consolidada poderá, sem dúvida, apontar soluções mais assertivas e de baixo custo. E o melhor, sem gerar riscos à reputação
Ninguém chama um sobrinho quando se está com dor de dente. A menos que ele seja dentista. Assim como ninguém busca na internet um estudante na última fase de Direito para resolver uma questão trabalhista complexa. E aí vem a pergunta: por que com Comunicação a exigência por um profissional qualificado, especialista na área e com experiência comprovada, não é tão relevante? Sobrinhos, estudantes e pessoas formadas em áreas totalmente avessas à da Comunicação são comumente recrutadas para resolver questões afetas à reputação de marca, divulgação espontânea e publicitária, criação de artes e logomarcas, elaboração de estratégias de comunicação digital, gerenciamento de crise e tantas outras necessidades que seriam, por lógica, resolvidas com mais eficiência e assertividade por quem entende do assunto.
A resposta é simples. O consenso geral é de que de Comunicação todo mundo entende, é coisa fácil de fazer, basta ter um jeitinho pra coisa. Confunde-se vocação com especialização, boa vontade com saber fazer, economia imediata com investimento a longo prazo. E o problema só se agrava porque, em muitos casos, a sorte de um principiante pode render algum resultado no início, mas que fatalmente depois não se sustentará. E aí, quando a assessoria de imprensa é malconduzida, o anúncio mal feito ou a comunicação digital erroneamente arquitetada, a resposta do contratante indubitavelmente será “comunicação não funciona para meu negócio”, o que acaba por configurar mais um prejuízo para o mercado da comunicação.
Isso sem falar que a desvalorização muitas vezes parte do próprio profissional que nunca lutou para que seu diploma fosse legalmente exigido para o exercício profissional, também nunca se impôs quando sua oportunidade foi cedida a uma concorrência desqualificada e ilegal ou quando simplesmente aceitou diminuir seus honorários para competir com quem não é especialista.
Some-se a este cenário um país em crise há pelo menos cinco anos, onde os recursos em comunicação, sempre escassos e muitas vezes ausentes do planejamento anual da maioria das empresas, geram um campo fértil para se dar o jeitinho brasileiro quando se precisa de algo em comunicação. O menino ali faz a logomarca, a secretária escreve o release para a imprensa e o anúncio publicitário o próprio dono pode pensar em algo, quem sabe até colocar os próprios filhos como modelos fotográficos. É preciso economizar, afinal.
Ironias à parte, a experiência de quase 35 anos em imprensa e comunicação corporativa tem me mostrado que não há atalhos e jeitinhos que compensem o estrago de não contar com a expertise de um especialista. Esta é a melhor e mais eficiente economia que uma empresa pode fazer para si mesma. Um profissional de comunicação experiente ou uma empresa de comunicação consolidada poderá, sem dúvida, apontar soluções mais assertivas e de baixo custo. E o melhor, sem gerar riscos à reputação. Mas, infelizmente, muitas descobrem da pior maneira e com a própria má experiência que com Comunicação não se brinca. Uma mensagem mal-estruturada que chega ao consumidor pode significar um prejuízo incalculável, e às vezes irrecuperável, para a marca. Comunicação pede planejamento, investimento contínuo e bons profissionais na execução. Não há milagre.
Portanto, se você vai lançar um produto, abrir um negócio novo, investir na ampliação de algum segmento da sua empresa, lembre-se da rubrica “Comunicação” quando for fazer seu business plan. E aproveite que o ano está terminando para colocar no orçamento do ano que vem quanto e como pretende gastar em Comunicação. Aposto com você que desta forma, planejada e com profissionais especialistas no assunto, seus resultados serão não só positivos como vão gerar valor de fato à sua marca e ao seu produto. Investimento bem feito é a melhor economia que existe.
Frase da quinzena
“Não imites nada nem ninguém. Um leão que copia um leão torna-se um macaco.” (Victor Hugo)