Conheça projeto de proteção de animais silvestres na Capital
Iniciativa desenvolvida por alunos e professores de universidade conta com suporte do Projeto Tamar
Neste sábado, dia 30 de abril, comemora-se o dia mundial da Medicina Veterinária, data que homenageia profissionais responsáveis por cuidar da saúde e bem-estar dos animais, além de exercerem atividades relacionadas à pecuária, vigilância sanitária e perícia técnica. Na Unisul, alunos e professores do curso de Medicina Veterinária contribuem com a profissão e com a comunidade por meio do projeto de extensão GOPAS (Grupo de Orientação e Proteção de Animais Silvestres).
A iniciativa, criada em 2020, e que conta com o auxílio e suporte do projeto Tamar, reconhecido internacionalmente como uma das mais bem-sucedidas experiências de conservação marinha, consiste em realizar ações e atividades educativas em Florianópolis com o intuito de informar e conscientizar sobre os cuidados com animais silvestres que vivem na região.
O trabalho de orientação acontece por meio de palestras em escolas, conversa com moradores em praças e parques da cidade e via internet, nas redes sociais. “O projeto nasceu a partir do curso de Medicina Veterinária e da ideia de combater a desinformação sobre os animais silvestres que convivem conosco. A ideia é conscientizar por meio de conteúdo educativo”, explica o professor e coordenador do projeto Francis Pazini.
O GOPAS conta com cerca de 200 alunos e o projeto já realizou 20 ações educativas, sendo 14 deles em escolas de Florianópolis, 4 em parques e 2 em praças, alcançando mais de 2 mil pessoas. Os animais utilizados para orientação e atividades são de alunos que possuem documentação e aprovação do Ibama.
Colaborar com a preservação
Além de orientar a população sobre como identificar e tratar um animal silvestre, o coordenador do projeto também alerta sobre tráfico desses animais. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o tráfico de animais silvestres provoca a retirada de mais de 38 milhões de exemplares das florestas e matas, sendo 4 milhões desses animais comercializados ilegalmente.
“O tráfico de animais silvestres é crime e, infelizmente, muitas dessas vendas ilegais acontecem dentro do nosso país. Nosso trabalho como profissionais que zelam pela saúde animal é a busca pela preservação da natureza em seu habitat natural”, pontua Francis.
Atualmente, o GOPAS está desenvolvendo uma pesquisa de campo sobre as corujas buraqueira (Athene cunicularia), onde buscam entender se a atividade turística de Florianópolis tem influenciado na migração desses animais.
Participação dos alunos
A aluna do curso de Medicina Veterinária e integrante do GOPAS, Camilla Paes, relata sua experiencia com o projeto. “O GOPAS tem ampliado meus horizontes em relação à busca e transmissão de conhecimento de uma forma acessível ao público em geral, principalmente para as crianças e jovens, via redes sociais e ações em escolas. Além disso, tem me ensinado a trabalhar em equipe e desenvolver habilidades de comunicação”, afirma.
Da redação
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