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Choro Mulheril: mais que um grupo, um movimento
Encontros regados à muita música e descontração acontecem no Centro Histórico de Florianópolis

A Roda quer incentivar o protagonismo feminino e resgatar e dar visibilidade às obras de compositoras brasileiras de diferentes gerações, desde Chiquinha Gonzaga até as compositoras contemporâneas (Foto: HBN/Imagem da Ilha) **Clique para ampliar

Publicado em 07/09/2022

Elas estão fortalecendo seus talentos através da música e, com isso, incentivando outras pessoas a fazerem o mesmo. O Personagem desta semana, na verdade, se multiplicou. 

Mulheres instrumentistas e compositoras de Florianópolis se encontraram e, a paixão em comum pela música, mais especificamente, pelo Choro, levou-as a formarem um coletivo. Foi a partir desse encontro que surgiu o Mulheril, uma Roda de Choro que está chamando a atenção de quem passa aos sábados pelo Centro Histórico da cidade.

O projeto, idealizado e conduzido por Natália Livramento e Angela Coltri, nasceu da necessidade de criar mais espaços de representatividade feminina na música instrumental. “O intuito do encontro é tocar o Choro, a música popular urbana mais antiga do Brasil. E, além de incentivar o protagonismo feminino, um dos propósitos da Roda é resgatar e dar visibilidade às obras de compositoras brasileiras de diferentes gerações, desde Chiquinha Gonzaga até as compositoras contemporâneas”, explica Natália Livramento.

Conheça mais: veja aqui o video do Grupo de Choro Mulheril!

Em cada encontro, além de tocarem os clássicos do Choro, geralmente de compositores homens, a mulherada da roda reserva um bloco para interpretar apenas músicas de compositoras mulheres.


Instrumentistas se reúnem para ressaltar a beleza do Choro e incentivar o protagonismo feminino (Foto: Sabrina Stahelin)

 

Atualmente a Roda de Choro Mulheril conta com a participação de dezenas de mulheres que somam com seus talentos e dedicação à música: flautistas, violonistas, cavaquinistas, clarinetistas, pandeiristas, e já contou com participações especiais de pianistas, violinistas e trombonistas. Lembrando que os encontros aos sábados são abertos a receberem novos instrumentistas, sejam mulheres, homens e demais diversidades de gênero.

“A Roda é um encontro de várias gerações. Me sinto orgulhosa por fazer parte de um movimento tão lindo, ter amigos e familiares nos prestigiando. Confesso que me emociono vendo meu filho me olhar com admiração enquanto toco”, conta a pandeirista Janete de Almeida, 52.


Os encontros estão abertos para instrumentistas homens, mulheres e demais diversidades de gênero 
(Foto: Sabrina Stahelin)
 

Com grande visibilidade em Florianópolis, o movimento se tornou querido pelo público e já fez parte de diversos eventos da cidade. “A Roda de Choro Mulheril é um espaço construído de forma coletiva, um lugar de acolhimento, representatividade e de muita música”, ressalta o grupo. Sol Scolaro, 35, natural de Caçador (SC), é filha de agricultores e mora em Florianópolis há pouco mais de uma década. Na capital catarinense ela se formou em Licenciatura em Música pela UDESC. Cantora desde criança, agora está aprendendo a tocar violão. Ela conta que encontrou na Roda “um espaço de música e afeto onde nos fortalecemos”.

Agende-se:

A Roda de Choro Mulheril acontece semanalmente, aos sábados, a partir das 13h, na Centro Bugio, localizada na Victor Meirelles -112, no Centro de Florianópolis.

Acompanhe a Roda de Choro Mulheril pelo instagram @rodadechoromulheril

 

Da redação

 

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