Caos segue nas ruas da Grande Florianópolis
Manifestantes bloquearam garagens e linhas seguem suspensas em diversas regiões da capital e municípios vizinhos

A paralisação do transporte coletivo segue sem previsão de término e chega ao quarto dia nesta terça-feira (17), afetando milhares de passageiros na Grande Florianópolis. A greve, iniciada na última quinta-feira (12) pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Urbano da Região Metropolitana de Florianópolis (Sintraturb), atinge principalmente as linhas operadas pelas empresas Transol e Canasvieiras.
Na manhã desta terça, manifestantes bloquearam a garagem da empresa Canasvieiras, no Norte da Ilha, interrompendo também parte dos serviços nas regiões Leste e Central da capital. Já as regiões Continental e Sul da Ilha não foram impactadas neste momento, embora, na segunda-feira (16), 37 linhas no Sul da cidade tenham tido operação reduzida ou suspensa.
A Prefeitura de Florianópolis informou que vans particulares serão disponibilizadas em breve como alternativa emergencial. O valor das passagens será de R$ 15 para trechos curtos e R$ 20 para trajetos longos. A recomendação é que os passageiros acompanhem a situação em tempo real pelo aplicativo “Floripa no Ponto”.
Além de Florianópolis, a greve pode impactar outros seis municípios da região metropolitana: São José, Palhoça, Biguaçu, Santo Amaro da Imperatriz, Governador Celso Ramos e São Pedro de Alcântara.
Negociação suspensa e impasse nas reivindicações
O cenário de impasse se agravou após as concessionárias retirarem da mesa a proposta que havia sido apresentada aos trabalhadores. O Setuf (Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Florianópolis) condicionava o acordo à suspensão da paralisação, o que não ocorreu. Com isso, a oferta foi retirada na noite de segunda-feira (16) e não há nova rodada de negociações prevista.
A proposta empresarial previa:
Reajuste salarial de 6%, equivalente a um ganho real de 0,68%;
Aumento de 10% no vale-alimentação, com ganho real de 4,68%;
Bonificação de 10% para motoristas que também acumulam a função de cobrador;
Pagamento do vale-alimentação até o primeiro sábado de cada mês;
Cobertura total do exame toxicológico para motoristas;
Custeio parcial do reajuste do plano de saúde (até 10%).
Por outro lado, o Sintraturb considera que a proposta não atende às necessidades da categoria. As exigências do sindicato incluem:
Reajuste salarial com base no INPC (5,32%) mais 3% de aumento real;
Elevação do vale-alimentação de R$ 1.144 para R$ 1.300;
Aumento da gratificação por acúmulo de função de R$ 708 para R$ 1.300 (83%);
Pagamento integral do exame toxicológico;
Melhores condições de trabalho no dia a dia.
De acordo com o representante sindical Deonísio Linder, o maior problema enfrentado pelos trabalhadores é a sobrecarga: “A maior queixa é trabalhar sozinho. É degradante: motorista cuida da porta, do elevador, enfrenta o estresse do trânsito, e ainda lida com uma escala apertada. Isso vem desde a pandemia”, afirma.
Prefeitura reforça orientações
A Prefeitura de Florianópolis reforçou, em comunicado oficial, que:
Há manifestantes na garagem de Canasvieiras, o que compromete linhas no Norte e parte do Leste da Ilha;
As demais garagens seguem operando normalmente;
A população deve acompanhar as atualizações pelo aplicativo Floripa no Ponto;
Vans alternativas começarão a operar em breve.
Enquanto não há consenso entre trabalhadores e empresas, a greve permanece por tempo indeterminado, impactando o cotidiano de milhares de usuários do transporte público na região.
Da redação
Fonte: PMF
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