As metas de ano novo, por Amanda Lima
Ano novo. E agora?
Antes de tudo, é claro, um feliz ano novo.
Admiro muito quem faz listas de metas numéricas e específicas na agenda. Agenda, oi? Sim, sou moderna até um ponto, porque depois sou retrô/ vintage/ antiga mesmo e, todo ano, eu compro uma agenda, de papel.
Aí começo a escrever meus dados pessoais: nome, meu e-mail, meu telefone (vai que eu perco a agenda?), alergias (vai que paro no hospital e ninguém sabe que não posso tomar AAs - aspirina?).
Aí vem o dia 1º do ano. Os dias 02, 03.
Na hora vem uns 625529 pensamentos de como organizar meu ano. Coloco algumas informações. Aí faço uma pausa.
Aí a pausa aumenta.
E depois ela continua.
Aí penso: "ser feliz não é uma meta específica, não posso escrever isso."
Será que coloco "não desistir dos problemas que virão" e uso caneta colorida para eu ler quando algo acontecer? Uma espécie de lembrete ou uma carta motivacional que eu deveria recorrer e ler?
Acho que não. Pensar em problemas não é necessariamente um pensamento que se deva ter nem escrever na agenda no dia 1º. E também, na hora que o problema acontecer, dificilmente vou lembrar da agenda e desse trecho motivacional escrito bem colorido.
Mas voltando às metas…
Você, por exemplo, já tem uma meta que eu posso ajudar. Definitivamente posso.
Você pode escrever: "melhorar meu sorriso", "parar de fugir da dentista", "resolver aquela 'dorzinha' que incomoda, do dente", "controlar o bruxismo de uma vez por todas", "arrumar o dente que quebrou há décadas mas segue ali, quebrado".
Já é uma meta boa, né?
Pronto. Deixa eu continuar então.
Aristóteles dizia que "a esperança é o sonho do homem acordado".
Pois é exatamente a isso que me refiro ao fazermos e/ou escrevermos as metas. Colocá-las num papel.
Você pode optar por uma filosofia com base em determinação, como Les Brown, um político americano com quase 80 anos que defende que você precisa manter o foco em sua jornada para realizar grandes coisas.
Mas você também pode preferir o Zeca Pagodinho e, se quiser deixar a “vida te levar”, não precisaria traçar metas nem objetivos na agenda (mas já aviso que para a sociedade atual isso renderia uma série de críticas). Se optar por deixar a agenda em branco, talvez diga que ainda está “pensando” sobre o que escrever, para fugir dos "críticos de plantão”.
Bom, é dia 1º.
Acordei e a casa ainda está em silêncio, o que é raro para uma mãe com filhos pequenos. Sendo assim, sigo escrevendo aqui, e não na minha agenda - que segue em branco.
Se minha escolha vier a ser o modus operandis de Zeca Pagodinho ou de Les Brown, ainda não sei, mas deixarei o filósofo romano Sêneca guiar este início de ano bissexto, com duas citações:
“Nossos medos são mais numerosos que nosso perigos, e sofremos mais em nossa imaginação que na realidade”.
“Apressa-te a viver bem e pensa que cada dia, por si só, é uma vida”.
Feliz ano novo.
Feliz vida nova.
Feliz agenda cheia de sonhos a serem realizados (ou metas a serem atingidas).
Feliz ano com boa semeadura e uma farta colheita, com saúde e paz, um ano com enfrentamentos dos obstáculos que virão e que esperam por nós para serem riscados da agenda (ahh, e também espero vocês no consultório).
Feliz ano.
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Sobre o autor
Amanda Lima
Cirurgiã dentista - Especialista em prótese dentária / Pós graduada em odontogeriatria
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