Arte transforma dor em denúncia no Palácio Barriga Verde
Obras em óleo retratam experiências pessoais e incentivam vítimas a denunciarem abusos
A arte como manifestação de libertação, reflexão e denúncia inspirou a mostra “Arte que denuncia, combate e previne”, oficialmente aberta na manhã de quinta-feira (02) no Espaço Cultural Cruz e Sousa, no Palácio Barriga Verde, em Florianópolis.
A exposição reúne 14 telas em óleo da artista plástica, escritora e psicanalista catarinense Mirian Arceno Rocha, 52 anos. Com cores vibrantes e impactantes, as obras retratam diferentes formas de violência que homens, mulheres e crianças podem sofrer, buscando sensibilizar, alertar e conscientizar a sociedade sobre a violência doméstica e sexual.
Abertura da mostra
O lançamento contou com a presença da artista, de familiares, amigos, populares e do deputado Jair Miotto (União), autor da iniciativa. O parlamentar destacou a relevância da exposição.
“É a arte a serviço de uma causa social tão real em nossa sociedade, que é a violência doméstica contra mulheres, crianças e até mesmo homens”, afirmou.
Mirian iniciou sua trajetória artística em 1993, transformando dor em expressão. Aos oito anos, foi vítima de abuso sexual intrafamiliar - experiência também vivida por seu marido. “Ambos fomos vítimas de violência doméstica. A arte foi uma libertação”, relatou.
A mostra, iniciada em 2019, já passou por 19 cidades catarinenses. Segundo a artista, o projeto ainda está em construção. “Falta abordar a violência contra idosos”, confidenciou.
Obras em destaque
Entre as telas, destaque para “Dor que não cicatriza”, que retrata uma mulher amarrada, de olhos vendados, presa em uma cela, simbolizando vítimas do tráfico humano.
“Todas as minhas telas são relatos de experiências pessoais”, explicou Mirian. Ela reforçou que o objetivo da mostra é incentivar vítimas a denunciarem abusos e a buscarem apoio psicológico e terapêutico.
A exposição está aberta para visitação pública até o dia 16 de outubro no Espaço Cruz e Sousa.
A artista
Natural de Ibirama, Mirian acumula uma extensa trajetória em exposições individuais e coletivas desde 2003. É integrante do Grupo de Artistas Plásticos de Balneário Camboriú (GAP), da Confraria de Artistas e Poetas pela Paz (Cappaz) — onde atua como vice-presidente da região Sul e diretora de arte e composição — e da Academia Nacional de Ciências, Letras e Artes (Anacla).
Desde 2016, também participa de eventos eclesiásticos, destacando-se pela pintura ao vivo. No âmbito social, seu principal trabalho é o projeto “Arte que denuncia, combate e previne”, que já percorreu Câmaras de Vereadores de diversos municípios catarinenses, além de outros estados e até a Argentina.
Da redação
Fonte: Alesc
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