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A antiga rodoviária de Florianópolis, localizada no encontro das avenidas Mauro Ramos e Hercílio Luz, no centro da cidade, está próxima de ser oficialmente tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O pedido de tombamento, protocolado anteriormente, avançou nos trâmites e, nesta segunda-feira, foi encaminhado para instrução técnica, marcando um passo importante no processo.

Prefeito manifesta insatisfação com o processo

Na última terça-feira (2), o prefeito Topázio Neto (PSD) publicou um vídeo nas redes sociais em que demonstra estar ciente da complexidade da situação. Ele reafirmou sua intenção de demolir o prédio, mas reconheceu que o pedido de tombamento deve prolongar a discussão por meses.

“Estávamos prontos para demolir e veio uma turma do contra provocar o Ministério Público dizendo que não podemos derrubar porque o prédio seria histórico”, declarou Topázio Neto. O prefeito também expressou preocupação com o impacto jurídico da situação: “O que mais me preocupa é a insegurança jurídica. Como governar uma cidade em que a vontade da maioria é sempre coadjuvante diante de uma minoria ideológica? Esse prédio nunca foi tombado, nem sequer olhavam para cá. É só birra e vontade de atrasar Florianópolis”.

Decisão judicial impede demolição

A questão da antiga rodoviária também tramita na Justiça. No final de agosto, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina manteve a decisão que proíbe a demolição do imóvel. A desembargadora Denise de Souza Luiz Francoski determinou que o prédio deve ser preservado até o julgamento de mérito da ação, garantindo sua integridade temporariamente.

A prefeitura havia recorrido argumentando que não existem informações suficientes sobre o valor histórico e cultural do prédio, além de apontar riscos estruturais que justificariam a demolição. No entanto, a decisão judicial mantém o imóvel protegido até que todas as questões legais sejam resolvidas.

Impasse entre preservação e modernização

O caso da antiga rodoviária reflete um conflito frequente entre interesses de preservação do patrimônio histórico e planos de modernização urbana. Enquanto o Iphan avança no processo de tombamento, a prefeitura reforça sua intenção de demolição, mantendo aberta a disputa que promete repercutir em Florianópolis nos próximos meses.

Da redação

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