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Um grupo de amigas encontrou uma maneira de reduzir o consumo e ainda assim renovar o guarda-roupas e ajudar pessoas menos favorecidas. Foi a partir de uma conversa entre Ana Lorenzi e Alessandra Zappelini, que a ideia da troca de roupas se consolidou.

“Sempre elogiamos a maneira como a outra se veste e, por isso, lembramos que poderíamos manter o guarda-roupas atualizado de uma forma mais sustentável, evitando o desperdício, trocando peças de roupas entre amigas. São aquelas peças que há tempo estão sem uso dentro do armário, ou por não servirem mais, ou porque o estilo mudou”, conta a fisioterapeuta e psicóloga, Alessandra Zappelini.


Ana, com o celular na mão, Alessandra, logo abaixo (de roupa verde) nos divertidos encontros entre as amigas (Foto: Arquivo pessoal)

Ana Lorenzi, que é arquiteta de formação e trabalha com confeitaria, explica que ela e as amigas têm uma preocupação muito grande quanto ao desperdício de insumos e o excesso de lixo gerado e que, dessa forma, estão prolongando o uso daquela peça de roupa, que às vezes está nova, e que não ficará parada dentro do armário. Além disso, cada ação tem um viés social, pois ao final dos encontros, as peças que não são trocadas, são encaminhadas para doação a alguma instituição filantrópica.

Além da economia, sem precisar gastar com roupas novas, Alessandra lembra também que as peças trazem boas recordações. “Sempre que usamos, lembramos das amigas, dos momentos bons que passamos juntas”, diz. Porém, os encontros, que aconteciam duas vezes por ano, agora não tem previsão para voltarem a acontecer, por conta da pandemia.

Gostou da ideia? Que tal promover uma troca de roupas virtual neste momento de isolamento?

Compras virtuais: a tentação está a um clique

Muitas pessoas, por conta da pandemia, estão utilizando as lojas virtuais para fazer compras. No entanto, essas compras muitas vezes são feitas por impulso, sem que haja uma necessidade real de obter determinado produto. Sabe aquela roupa que você comprou por impulso e nunca usou, porque acha que ela nem ficou bem em você ou que nem precisava dela? Ou ainda você achou aquelas peças maravilhosas, comprou, mas acabou se endividando porque não tinha como pagar? Pois isso poderia ser evitado.

A consultora de imagem Érica Cunha Alvarenga listou alguns questionamentos que podem ajudar antes de fechar o carrinho de compras virtual.

Eu preciso muito?

"Às vezes, vemos as roupas no Instagram, sites de moda e e-commerces, e tudo parece maravilhoso. Só que, quando o pedido chega, a realidade é bem outra. De maneira alguma sou contra comprar ou querer algo, mas sou extremamente a favor de que as compras sejam sempre conscientes, pois um simples apertar de botão nos faz saciar a vontade do momento e, sem pensar, compramos. Se preciso muito da peça, tem que ser algo que realmente eu não tenho em meu guarda-roupa, que irá fazer a diferença, ou algo que já não tenho mais, porque estraguei usando muito".

Eu posso comprar?

"Poder comprar tem a ver com as minhas condições financeiras para isso, ou se vou ter que me endividar por aquelas peças. Outro aspecto também que sempre analiso é: se tiver algo que desejo mais do que essa peça, mas é mais caro. Ou seja, matar meu desejo momentâneo só irá me distanciar do que quero de verdade”.
 

Da redação