Imagem da Ilha

Criar vínculos, fortalecer os laços e exercer a cidadania são alguns dos objetivos de um grupo de moradores da tradicional rua Esteves Júnior, no Centro de Florianópolis, que se uniu em prol da comunidade. O surgimento do grupo, que recebeu o nome de Amigos da Praça Esteves Júnior, em referência à praça homônima, teve o pontapé inicial ainda em 2018. Após uma pausa, Hermes Neves e Sirth Antônio de Souza decidiram unir forças novamente e continuar o projeto de criação de uma associação dos moradores e comerciantes que engloba a partir da avenida Rio Branco à rua Esteves Júnior, rua Dr. Armínio Tavares e o entorno da Praça Esteves Júnior. 

Primeiros passos 

Inicialmente, foi feito convite para os síndicos dos condomínios e demais interessados e, em seguida, realizou-se a primeira reunião, onde foi criado um grupo em um aplicativo de mensagem para facilitar a comunicação entre os membros. O Amigos da Praça Esteves Júnior foca, principalmente, na socialização dos moradores e no senso de comunidade, como uma espécie de “pequena cidade do interior”.  

A ideia é deixar para trás o individualismo, as reivindicações isoladas, promover o encontro e o vínculo de amizade e a cumplicidade entre as pessoas. Como resultado dessa união, a expectativa é que haja melhorias na localidade, como a tão esperada revitalização da Praça Esteves Júnior, que terá papel fundamental como ponto de encontro e palco para as atividades do grupo.

Para Hermes Neves, morador da rua Esteves Júnior há 17 anos, o grupo foi criado no local e momento certo. “Nós moramos em um dos melhores lugares da cidade. É bom que façamos isso agora, porque pode ser que daqui a uns anos a população cresça ainda mais e seja mais difícil”.  

“Grande família”

O grupo, que está em fase de consolidação, visa estimular as pessoas a saírem de suas casas e a se envolverem efetivamente na comunidade, discutindo pautas como segurança, lazer, mobilidade, infraestrutura e eventos. “Queremos transformar em uma grande família”, diz a integrante Caren Bueno, moradora da região há quatro anos.

De acordo com Hermes Neves, o grupo está sendo bem recebido pelos moradores e, hoje, reúne 50 pessoas. No entanto, a adesão é feita com cautela para que o grupo possa se firmar de maneira organizada e para que consiga atingir os objetivos, como a migração do ambiente virtual para as reuniões sociais – o encontro. “Queremos romper esse hábito de acomodação. A ideia é trazer as pessoas para fora do ambiente virtual e envolvê-las com a comunidade”. 

Dilva Lino, moradora da rua Esteves Júnior há 27 anos, relata que os moradores simpatizaram com o movimento. “Já me perguntaram ‘se vocês fizerem um evento, eu posso colaborar?’. As pessoas estão abertas e disponíveis”, afirma. Para Sirth Antônio de Souza, cada membro atua como um “tijolo” em uma obra, e quanto mais as pessoas participarem ativamente das ações do grupo, mais significativas serão as mudanças para cada uma delas.

Agenda

No dia 17 de julho, o grupo se prepara para o segundo encontro que será realizado no salão de festas de um edifício da rua Esteves Júnior, onde haverá a socialização dos integrantes e o compartilhamento de ideias. Já no mês de setembro, o plano é fazer um encontro na rua, com barraquinhas de comida, exposições, música e outras atrações.

Matéria escrita por Bruna Stroisch