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Vendas confirmam “tiro certo” da Renault com o Kardian
Com apenas nove meses nas revendas, modelo assumiu o título de SUV mais vendido da marca

Mesmo com greves e atrasos na produção, o Kardian registrou vendas impressionantes em 2024, superando até mesmo modelos consolidados da Renault. (Foto: Divulgação)

Publicado em 14/01/2025

O Kardian ainda está cumprindo seu décimo mês de vendas. Apesar dessa curtíssima trajetória, o SUV vai se consolidando com um dos maiores acertos da Renault no Brasil nos últimos anos.

De março, quando chegou às concessionárias, a dezembro foram licenciadas 24,5 mil unidades do modelo, resultado  que tirou do Duster o título de utilitário esportivo mais vendido da Renault em 2024, mesmo com somente nove meses de vendas.

Foi a apenas terceira vez que isso ocorreu desde o lançamento do Duster em 2011. Mas nas duas primeiras, em 2018 e 2019, o Captur precisou do ano completo para chegar lá.

O Kardian, é bom frisar, alcançou esse feito mesmo com a fábrica de São José dos Pinhais, PR, paralisada por greve ao longo de 29 dias, entre maio e junho, exatamente no período previsto para aceleração da produção e, portanto, da disponibilidade do SUV nas lojas.

A paralisação atrapalhou, e muito, os três primeiros meses de vendas. Tanto é que se de março a junho foram licenciados pouco mais de 5,1 mil unidades do SUV — menos de 1,3 mil por mês — a partir de julho a média mensal superou 3,2 mil emplacamentos.

O número clientes que adquiriram o Kardian cresceu seguidamente no segundo semestre a ponto de em novembro e dezembro ultrapassar o patamar de 4 mil mensais. O recorde de 4,3 mil emplacamentos é de novembro, mas de participação no segmento de SUVs, de 7,7%, ocorreu no último mês do ano.

Com esse desempenho, o Kardian foi o principal responsável pela Renault conseguir sustentar no ano passado a participação de quase 6% em veículos de passeio registrada no ano anterior.

Não fosse o novo SUV, a fatia da marca francesa seria sensivelmente menor. Isso porque o Kwid, modelo mais vendido da Renault, viu suas vendas recuarem nada menos do que 10% na comparação anual, de 63,3 mil em 2023 para 57,2 mil unidades.

Com o Duster o quadro foi ainda pior. As 20,7 mil unidades negociadas no ano passado representaram queda de 22% em segmento que comemorou vendas 20% maiores.

A Renault contabilizou ainda o decréscimo nas vendas dos quase aposentados Sandero e Logan. Juntos, hatch e sedã compactos venderam somente 9,4 mil unidades ante 12,5 mil no ano anterior, outro tombo de 25%.

Um reforço importante, entretanto, chegará no transcorrer deste ano: um SUV maior sobre a mesma plataforma RGMP, Renault Group Modular Platform, inaugurada na América do Sul pelo próprio Kardian.

O discurso oficial da montadora, ainda, é de que será alinhado no portfólio de produtos acima e não como substituto do Duster.

Verdade ou não, dificilmente ameaçará o novo líder da marca no segmento, que ganhou uma nova versão de entrada com câmbio manual, mais barata, somente em meados de outubro e que, portanto, terá ainda mais potencial para elevar seus emplacamentos em 2025.

 

 

Da redação

Fonte: AutoIndústria

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