Pacote do popular dá descontos de até R$ 8 mil
Sem redução de impostos, medidas para o setor automotivo também contemplam pesados e duram 4 meses
No ínicio da noite dessa segunda-feira, 05, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciaram as medidas de incentivo para o setor automotivo. Não veio a tão esperada redução de impostos federais, mas, sim, descontos de R$ 2 mil a R$ 8 mil para os carros e de R$ 36,6 mil a R$ 99,4 mil para ônibus e caminhões.
As informações foram divulgadas pela Agência Brasil, revelando prazo de quatro meses para a vigência dos benefícios aprovados após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É um período bem inferior aos 12 meses que vinha sendo pleiteado pela Anfavea e um pacote que pouco tem a ver com a proposta inicial de o Brasil ter um modelo de entrada mais acessível para ampliar a base de consumidores no mercado de automóveis.
No caso dos carros, conforme explicou Alckmin, os descontos serão concedidos com base no cumprimento de três critérios: social (preço mais baixo), ambiental (carros que poluem menos) e densidade industrial (predominância do modelo na indústria brasileira).
“O desconto mínimo será de 1,6% e o máximo de 11,6% ou de R$ 2 mil a R$ 8 mil”, informou Alckmin, referindo-se ao anúncio anterior, feito em 25 de abril, referente aos índices de redução de impostos (IPI, PIS/Confins), que acabou não ocorrendo. Ao todo serão contempladas 20 marcas de automóveis e comerciais leves.
Com relação aos ônibus e de caminhões, o titular do MDIC revelou que o desconto varia conforme o tamanho do veículo e será usado para a renovação da frota com mais de 20 anos: “Micro-ônibus (vans) e pequenos caminhões receberão desconto de R$ 36,6 mil. Os ônibus de tamanho normal e grandes caminhões terão redução de R$ 99,4 mil. O grau de poluição do veículo também será considerado”.
O ministro garantiu que a inclusão dos ônibus e caminhões no programa foi um pedido da Anfavea. Para obter o desconto sobre os pesados, o motorista precisa se desfazer do veículo com mais de 20 anos de fabricação e enviá-lo para reciclagem, comprovando tal destinação.
A Agência Brasil esclarece que o valor pago no caminhão ou ônibus velho estará incluído no desconto. Num exemplo, no caso de um caminhão de menor porte, que teria desconto de R$ 33,6 mil, a redução cai para R$ 18,6 mil se o veículo antigo tiver custado R$ 15 mil.
O prazo de quatro meses, de acordo com Alckmin, foi definido a partir da expectativa de queda dos juros nesse período. Haddad chegou a comentar, inclusive, que “o programa poderá acabar mais cedo caso a demanda seja mais alta que o previsto e o crédito tributário de R$ 1,5 bilhão para custear o programa se esgote antes do prazo”.
O programa para a renovação da frota será custeado por meio de créditos tributários, descontos concedidos pelo governo aos fabricantes no pagamento de tributos futuros. Em troca, a indústria automotiva comprometeu-se a repassar a diferença ao consumidor.
Dados do MDIC indicam a utilização de R$ 700 milhões em créditos tributários para a venda de caminhões, R$ 500 milhões para carros e R$ 300 milhões para vans e ônibus.
“Para compensar a perda de arrecadação, o governo pretende reverter parcialmente a desoneração sobre o diesel que vigoraria até o fim do ano”, explicou o ministro da Fazenda. “Dos R$ 0,35 de PIS e Cofins atualmente zerados, R$ 0,11 serão reonerados em setembro, depois da noventena, prazo de 90 dias determinado pela Constituição para o aumento de contribuições federais”.
Fonte: Auto Indústria
Da redação
Para receber notícias, clique AQUI e faça parte do Grupo de WHATS do Imagem da Ilha.
Gostou deste conteúdo? Compartilhe utilizando um dos ícones abaixo!
Pode ser no seu Face, Twitter ou WhatsApp!
Para mais notícias, clique AQUI
Participe com sugestões de matérias: redacao@imagemdailha.com.br