Casas cocooning: você sabe o que são?
Estamos vivendo um período de profundas transformações durante a pandemia do novo Coronavírus. Como reflexo do isolamento social, mudamos nosso jeito de viver em sociedade, de trabalhar, de estudar, de vestir, de comer, de consumir, e, com isso, veio à tona novamente um termo que surgiu na década de 1980 e promete ser uma macrotendência dos próximos anos, o Cocooning.
Este conceito foi criado em 1981 por Faith Popcorn, conhecida como a “Nostradamus do Marketing”, e significa – em uma tradução literal – “encasulamento”. Foi usado para explicar o fenômeno comportamental dos consumidores dos Estados Unidos que, diante dos receios da Guerra Fria, deixaram de frequentar lugares como bares, restaurantes, cinemas e lojas e passaram a trazer o lazer para dentro de casa.
Segundo a arquiteta Kivia Costa, sócia-proprietária da CLS Arquitetas Associadas, essa tendência ressurgiu com o chamado “novo normal” e teve um impacto muito grande no setor imobiliário, onde as pessoas estão procurando imóveis maiores e preferindo casas a apartamentos. Esse novo perfil de consumo refletiu também no ramo da arquitetura. “As pessoas estão mais tempo em casa, e não é só isso, passaram também a exercer suas atividades, como trabalho e estudo, em suas residências. Com isso, a demanda por mais conforto e funcionalidade vem crescendo cada vez mais”.
De acordo com a arquiteta Graziela Costa, proprietária também da CLS Arquitetas Associadas, grande parte dos projetos hoje é para adequação de espaços para torná-los mais aconchegantes. “Quando você fica muito tempo em casa, surge a necessidade de tornar isso prazeroso para você e para toda família. Seja uma mudança de cores das paredes, de móveis ou até mesmo um jardim vertical, tudo isso contribui para a otimização desses ambientes”.
Outra tendência das casas Cocooning que veio com toda força, conforme Graziela, é a funcionalidade. “A tendência é que, cada vez mais, teremos nas residências peças que aliam estética com funcionalidade. Isso porque a busca por praticidade e bem-estar nas moradas exigem produtos com essa dupla função”.
Com o home office não foi diferente. Como a maioria das pessoas passou a trabalhar ou estudar de modo remoto, houve a demanda de adaptar ou até construir espaços para esse fim, conta a arquiteta Érika Steckelberg, sócia-proprietária da CLS Arquitetas Associadas. “O home office deixou de ser um modelo temporário para se tornar permanente. Grande parte das empresas continuará adotando o sistema mesmo depois da pandemia, então é preciso investir nesses espaços adequados para desempenhar o trabalho de maneira eficaz e com conforto”.
Mais do que uma residência, pequenas fortalezas. Assim são as casas cocooning. Uma macrotendência que toma conta dos lares contemporâneos
Mas as grandes estrelas do Cocooning são a cozinha e os espaços gourmets. Conforme explica Érika, as pessoas estão se aventurando mais na cozinha hoje em dia, consequentemente, este ambiente se tornou um dos mais queridinhos da casa.
Já no que se refere aos espaços gourmet, como se divertir em bares e restaurantes não é plenamente seguro, a ideia é trazer um pouco dessa atmosfera para o lar por meio dos espaços gourmets a fim de que a família possa ter momentos de distração no conforto de casa. “Este é um dos espaços mais importantes do Cocconing, pois é onde a família pode se divertir junta, esquecendo por alguns momentos os problemas lá fora, é a oportunidade de criar boas memórias mesmo nesses tempos difíceis que estamos enfrentando. E o mais legal é que, mesmo depois que a pandemia passar, esses ambientes poderão ser usados para grandes confraternizações e para receber os amigos”.
Kívia Costa ressalta a importância de procurar uma arquiteta para realizar o projeto de Cocconing para que tudo fique de acordo com o gosto do cliente e para que cumpra o seu papel de proporcionar alegria, segurança, ao invés de dor de cabeça. "Nesta pandemia, temos feito muitas casas Cocooning, o que nos enche de alegria, pois estamos ajudando nossos clientes a transformar suas residências em grandes e confortáveis fortalezas”, concluiu a arquiteta.
Da redação
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