Seus rins estão saudáveis? Um exame simples pode dizer

Hoje, 13 de março, o mundo celebra o Dia Mundial do Rim, uma data dedicada à conscientização sobre a importância da saúde renal. Um dos principais indicadores do funcionamento dos rins é o nível de creatinina no sangue, cujo aumento pode sinalizar desde disfunções leves até quadros graves, como a insuficiência renal crônica.
A creatinina é um subproduto natural do metabolismo muscular, eliminado pelo organismo por meio dos rins. Quando esses órgãos não estão funcionando adequadamente, a substância se acumula no sangue, podendo indicar danos renais. De acordo com a médica patologista clínica Dra. Annelise Wengerkievicz Lopes, a medição regular da creatinina "é uma das formas mais eficazes de monitorar a função renal e evitar o desenvolvimento de complicações graves, especialmente em populações de risco, como hipertensos e pessoas com diabetes".
Níveis de creatinina e fatores de risco
Os valores normais de creatinina variam de acordo com fatores como massa muscular, dieta e uso de medicamentos. Por isso, a interpretação do resultado do exame de creatinina requer uma avaliação médica, mais do simplesmente considerar se está dentro do intervalo de referência. Para isso, os médicos utilizam uma equação que estima a taxa de filtração glomerular a partir dos valores de creatinina e outras informações como sexo e idade. A função renal pode cair pela metade antes de se ter uma alteração de creatinina acima do intervalo de referência.
Segundo a Dra. Annelise, pessoas jovens, musculosas e afrodescendentes podem ter níveis um pouco mais altos, enquanto idosos, pessoas com desnutrição ou com pouca massa muscular podem apresentar níveis mais baixos e isso deve ser levado em consideração ao interpretar os resultados.
A elevação da creatinina pode ser causada por diversas condições, incluindo hipertensão, diabetes, desidratação, infecções graves, obstruções renais e até doenças autoimunes, como o lúpus. Dados da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina de 2024 revelam que mais de 655 mil pessoas no estado sofrem com alguma doença renal. Desses, aproximadamente 4 mil dependem de hemodiálise, enquanto 700 pessoas falecem anualmente devido a complicações renais.
Sinais de alerta e a importância do diagnóstico precoce
Muitas vezes, a disfunção renal não apresenta sintomas evidentes até que o quadro esteja avançado. No entanto, alguns sinais podem indicar problemas nos rins, como: náuseas e vômitos, cansaço excessivo, inchaço generalizado, falta de apetite e emagrecimento.
Diante de qualquer alteração, é essencial buscar orientação médica. A realização do exame de creatinina, um procedimento simples e rápido, e do exame de urina, podem ajudar na identificação precoce de problemas renais e permitir que medidas preventivas sejam adotadas antes que o quadro se agrave.
Prevenção e cuidados com a saúde renal
Manter a saúde dos rins envolve hábitos simples e eficazes, como beber bastante água, controlar a pressão arterial e o diabetes, evitar o uso excessivo de anti-inflamatórios e outros medicamentos sem orientação médica, adotar uma alimentação equilibrada, com menos sal e proteínas em excesso, e praticar atividades físicas regularmente.
A Dra. Annelise explica que caso a creatinina esteja elevada, o acompanhamento com um nefrologista é fundamental. “Dependendo da causa, o tratamento pode incluir controle da pressão arterial, ajustes na dieta e, em casos alguns casos mais complexos, terapias como a diálise”.
Neste Dia Mundial do Rim, o alerta é claro: cuidar da saúde renal é essencial para uma vida longa e com qualidade. “A prevenção, por meio de exames regulares e adoção de hábitos saudáveis, pode evitar complicações graves e garantir um futuro mais saudável para milhares de pessoas”, finaliza a médica.
Da redação
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