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O Governo de Santa Catarina está mobilizado para barrar a proposta do Governo Federal que impõe um limite de 800 toneladas para a pesca artesanal da tainha na safra de 2025. A medida, que impactaria diretamente pescadores catarinenses e gaúchos, ameaça uma tradição centenária reconhecida como patrimônio cultural do estado. Além do prejuízo econômico, a nova regra pode comprometer o sustento de centenas de famílias que dependem dessa atividade.

A questão foi debatida em reunião realizada na terça-feira (4), com representantes do setor pesqueiro das regiões Sul e Sudeste. O anúncio da cota gerou forte reação contrária de autoridades e trabalhadores da pesca, que alertam para os impactos econômicos e sociais da proposta. Segundo Frigo, a restrição desconsidera a importância da pesca artesanal e pode aprofundar a vulnerabilidade de comunidades inteiras. “Isso não é só sobre economia, é sobre preservar um modo de vida. Não podemos permitir que essa injustiça se concretize”, afirmou o secretário.

O governador Jorginho Mello manifestou forte oposição à restrição e determinou que o secretário de Aquicultura e Pesca, Tiago Bolan Frigo, atue diretamente em Brasília para impedir a implementação da medida. “Não vamos aceitar esse limite absurdo. Isso nunca existiu e representaria um golpe para os pescadores e para a nossa tradição. Estamos mobilizados para reverter essa decisão”, declarou Mello.

Diante da mobilização, o Governo Federal suspendeu a reunião prevista para esta quarta-feira (5) e sinalizou uma reavaliação interna da proposta antes de retomar o diálogo com o setor. A expectativa é que a decisão final contemple uma solução equilibrada, garantindo a continuidade da pesca artesanal sem comprometer o meio de vida dos pescadores.

A Secretaria de Aquicultura e Pesca de Santa Catarina segue acompanhando as tratativas e reafirma seu compromisso com a defesa dos interesses do setor, buscando conciliar tradição e sustentabilidade.

Da redação

Fonte: Secom

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