Prefeito diz que licenças para obras na Ponta do Coral estão suspensas
O prefeito Cesar Souza Junior recebeu nesta quarta-feira, 15/04, representantes do movimento que defende a implantação de um parque público na Ponta do Coral, área privada localizada na Avenida Beira-mar Norte. Acompanhado do procurador-geral do município, Alessandro Abreu, do secretário do Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, Marcelo Martins e do presidente do Instituto de Planejamento Urbano, Acácio Garibaldi, o prefeito informou que as licenças para o empreendimento estão atualmente suspensas por conta de duas recomendações, uma do Ministério Público Estadual e outra do Ministério Público Federal.
Apesar de o projeto ter sido aprovado, o estudo técnico referente ao sistema viário ainda não está concluído, razão pela qual o empreendedor ainda não possui alvará de construção. Por conta das recomendações dos dois órgãos de controle, respeitadas pela prefeitura, a análise do projeto do sistema viário está suspensa.
O prefeito lembrou que atualmente a administração não dispõe de recursos para viabilizar a desapropriação da área, avaliada entre R$ 70 milhões e R$ 90 milhões. O prefeito afirmou que, para fins de desapropriação, a prefeitura deve pagar, antecipadamente, o valor arbitrado pelo mercado, e não o valor lançado no IPTU do imóvel.
Ele destacou, ainda, que o projeto original previa aterramento de 30 mil metros quadrados mar adentro, sem licitação e autorização da União, e tinha praticamente o triplo da área de construção do projeto atual, que foi reformulado.
Os representantes do movimento argumentaram que a venda da área, realizada há 30 anos, foi ilegal, já que, na época, não contou com a autorização da Assembleia Legislativa. Na avaliação da prefeitura, o Ministério Público ou o Estado deveriam, este caso, ser provocados para definir esta situação.
Eles também criticaram a falta de limpeza da área. O prefeito orientou a SMDU a notificar o proprietário para que faça a retirada de detritos e também promova a demarcação dos limites da área de marinha, que, segundo os representantes do movimento, não é clara.
O prefeito concluiu a reunião reafirmando a disposição da prefeitura em manter, de forma transparente, o permanente diálogo com o movimento, que considera “absolutamente legítimo”.
Da redação