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MIS/SC prorroga exposição Na Sombra de uma Origem, de Alexandra Ungern-Sternberg

Crédito de foto: Márcio Henrique Martins / Assessoria de Comunicação FCC

Publicado em 21/01/2015

O Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC) prorrogou até 01/02 a exposição “Na sombra de uma origem”, de Alexandra Ungern-Sternberg, contemplada pelo edital de exposições do museu para o ano de 2014. Inspirada em uma viagem exploratória a uma comunidade indígena junto ao Rio Araguaia, no Tocantins, a artista cria um teatro de sombras apresentadas como fotografias.

As imagens narram a lenda de origem de um povo indígena que vivia no fundo do Rio Araguaia, onde eram imortais. Arriscando-se a viver na superfície, passa por árduas tentativas para sobreviver, mas longe do refúgio das águas, a morte era inevitável. O deus “Kanansiue” como criador e protetor se mantém presente e vai ao auxílio de seus seguidores durante toda a saga pela sobrevivência.


O elemento principal utilizado nesta obra é a sombra e carrega um significado importante nas artes visuais, artes cênicas, história da arte e na história cultural de vários povos. O psicólogo suíço Carl Gustav Jung relata que as sombras “são potencialidades que nos habitam e dão matéria de gestos espontâneos e criativos”. A sombra tem também forte relação com a pintura.

Segundo o filósofo e pensador Caio Plínio II, o Velho, “ a arte da pintura nasceu pela primeira vez quando a sombra humana foi delimitada por linhas” (A Short History of the Shadow, Victor I. Stoichita). Nos teatros de sombra, vemos mais uma vez este elemento funcionando como uma forte expressão da cultura de diversos povos, principalmente, os orientais. Por outro lado, a série de fotografias de Alexandra Ungern – Sternberg mantém uma perspectiva histórica com o cinema, criando uma relação com essa linguagem por remeter à película do filme cinematográfico, tanto na sua apresentação, como na narrativa da lenda indígena apresentada.

“A ideia das sombras surgiu com meu fascínio pela sombra desde a minha infância. Quando não tínhamos luz elétrica em casa, devido a algum temporal, fazíamos figuras com as mãos e as projetávamos à luz de velas na parede branca. Fascinava-me ver algo na sombra, totalmente diferente do que a minha própria mão. Eu e minha avó inventávamos estórias com nossas figuras de sombra”, conta Alexandra.

O MIS/SC está localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC). A entrada é gratuita e a visitação fica aberta de terça-feira a sábado, das 10h às 20h30; domingos e feriados, das 10h às 19h30.

Grupos e professores podem agendar visitas mediadas pelo telefone 3664-2652 e e-mail agendamentomis@fcc.sc.gov.br.

Da redação