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Campanha do Ministério da Saúde incentiva segunda dose da vacina contra HPV

Foto: Reprodução

Publicado em 11/09/2015

A partir deste mês, meninas entre 9 e 11 anos que tomaram a primeira dose da vacina contra o Papiloma Vírus Humano (HPV), devem retornar a um posto de vacinação para receber a segunda dose. Ela protege contra dois subtipos de HPV, doença responsável por 70% dos casos de câncer do colo do útero e a terceira causa de morte de mulheres no Brasil.

Até agosto, 2,5 milhões de meninas de 9 a 11 anos foram vacinadas contra HPV. Isso representa 50,4% do público-alvo, formado por 4,9 milhões de meninas nessa faixa-etária. No ano passado, quando a vacina foi disponibilizada no Sistema Único de Saúde (SUS), 100% do público estimado foi vacinado com a primeira dose, alcançando 5 milhões de meninas de 11 a 13 anos.

Para alertar sobre a importância da vacinação, Ministério da Saúde promove mobilização nacional que visa incentivar pais e responsáveis a levarem suas filhas para tomar a segunda dose contra HPV. “Apesar do grande sucesso obtido na cobertura vacinal em 2014, neste ano os números ficaram abaixo do esperado. Por isso, o Ministério da Saúde convoca os pais, responsáveis, gestores locais, professores e toda a sociedade para divulgar a informação de que a vacina é segura e eficaz”, afirmou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

O ministro destacou a experiência internacional, citando países que implantaram a vacina há, pelo menos quatro anos, com resultados impactantes. “Nos Estados Unidos, por exemplo, houve 68% de redução nos casos de HPV dos subtipos 16 e 18, que são responsáveis pelo câncer do colo do útero. Já na Austrália, que implantou a vacina em 2007, os casos de verrugas genitais reduziram de 18,4% para 1,1% nas mulheres de até 21 anos. Esses são exemplos de que a vacina é segura e pode mudar a saúde das próximas gerações de mulheres”, observou.

A vacina contra HPV está disponível nas 36 mil salas de vacinação espalhadas pelo país. O Ministério da Saúde recomenda aos estados e municípios que façam parcerias com as escolas públicas e privadas para realizar a vacinação no ambiente escolar. Experiências de vacinação nas escolas realizada em outros países, como Austrália e Escócia, mostram a importância dessa estratégia para garantir altas coberturas vacinais.

A vacinação é indicada para adolescentes com três doses. Após a primeira dose, a menina deve receber a segunda seis meses depois, e a terceira, de reforço, cinco anos após a primeira dose. Além do documento de identificação, o Ministério da Saúde recomenda que seja apresentado o cartão de vacinação.

Todas as meninas de 11 a 13 anos que só tomaram a primeira dose no ano passado também devem procurar um posto de saúde para tomar a segunda. Isso também vale para as meninas que tomaram a primeira dose aos 13 anos e já completaram 14 e para aquelas que já tenham passado de um ano da primeira dose. Afinal, a proteção só é garantida com a aplicação das duas doses.

Da redação