Memorial do Centro Educacional Menino Jesus ganha mais acessibilidade com elevador
Em estilo colonial e construído no início do século 20, o casarão que abriga o Memorial do Centro Educacional Menino Jesus agora tem elevador para melhorar a acessibilidade e cobertura em acrílico para proteger o público da chuva. A inauguração será na próxima quinta-feira, l6/04, às 19 horas.
A diretora do Memorial, Irmã Oneide Barbosa Coelho, destaca que a instalação do equipamento é uma maneira das pessoas terem melhor acesso ao Memorial do CEMJ, facilitando não só para os cadeirantes, mas também para idosos e para quem possui uma deficiência temporária. Além disso, as instituições públicas e privadas devem cumprir as determinações que a lei determina para a acessibilidade.
O Memorial
Localizado na rua Esteves Júnior - uma das mais antigas e principais ligações do centro da cidade de Florianópolis com a baía norte – o Memorial guarda um acervo com mais de 20 mil fotografias que narram a vida da escola nos seus 60 anos de existência, com documentos e imagens do cotidiano escolar e da vida da Congregação que contam também um pouco da trajetória da cidade.
Voltado para a história do CEMJ, o Memorial exibe uma coleção de uniformes escolares, que mostram as mudanças no design de moda, troféus, exemplares do jornal acadêmico e material educacional do Sistema Montessori, adotado a partir de 1973 e que prevê a educação para a liberdade, responsabilidade, disciplina e autonomia.
O Memorial também funciona como espaço de exposições temporárias, ciclos de palestras, encontros, oficinas e ações educativas. A obra deve ampliar o acesso do público, oferecendo uma visão da história do CEMJ e sua participação na formação da comunidade da Grande Florianópolis.
O imóvel
Além de melhorar o acesso ao Memorial, o projeto de intervenção também visa dar mais visibilidade ao casarão, tombado pelo município, localizado num conjunto arquitetônico importante, e que teve vários proprietários até ser adquirido pela Congregação em 1985. Serviu para funções escolares até 2004 e partir daí começou a ser pensado como um lugar de memória. Em 2009, o imóvel foi restaurado e passou a funcionar como Memorial.
Antes de ser adquirido pela Congregação, o imóvel recebeu dezenas de modificações em sua fachada. A restauração retomou a maior parte das características originais. Todo processo foi acompanhado pelo Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. A maior alteração havia sido feita nas janelas frontais, substituídas por basculantes, mas recuperadas em estilo original. Boa parte das telhas foi lavada e reaproveitada e o assoalho foi recuperado.
O projeto que amplia a acessibilidade ao Memorial foi aprovado pela lei federal de incentivo à cultura (Lei Rouanet) com patrocínio exclusivo da empresa Tractebel Energia, sob a Coordenação Geral da Associação de Pais e Professores do CEMJ e que desenvolve atividades na escola. O projeto conta com a Consultoria Técnica e Produção Executiva da Rede Marketing Cultural.
Congregação das irmãs franciscanas
A Escola pertence à Associação das Irmãs Franciscanas de São José, originada em 1867, na Alemanha. Em 1927 chegaram ao Brasil, instalando-se no Paraná. No ano seguinte, em Angelina, Santa Catarina. Inicialmente se dedicaram à vida religiosa e social, mas logo ampliaram suas atividades.
Em 1955, a Congregação adquiriu uma imóvel na Rua Bocaiúva. Era uma maneira das irmãs terem uma casa em Florianópolis para atender religiosas e demais pessoas em viagem do interior de Santa Catarina e de outros estados.
Mas para manter o imóvel tinha um custo. Já em 1955 era iniciada a Escola Menino Jesus, que começou com apenas um aluno. Em seis décadas, o atendimento foi ampliado para 1.791 estudantes, do berçário ao ensino fundamental e além da sede central, com acessos pelas ruas Esteves Júnior, Bocaiúva e Largo São Sebastião, a escola também possui uma unidade no bairro Santa Mônica.
Da redação