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Macroalga pode ser boa alternativa de renda para maricultores

Cultivos experimentais começaram em 2009, em Florianópolis (Foto: Divulgação/Epagri)

Publicado em 11/12/2020

Maricultores catarinenses interessados em cultivar a macroalga Kappaphycus alvarezii em Santa Catarina já podem fazer a requisição junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), basta acessar o site da Instituição. “É um momento histórico para a Epagri. É a concretização de um planejamento que iniciou em 2006 e que só agora se tornou realidade”, resume Alex Alves dos Santos, pesquisador do Centro de Desenvolvimento em Aquicultura e Pesca (Epagri/Cedap).

A macroalga pode representar uma importante fonte de renda para os maricultores do Estado. Ela produz a carragenana, usada como espessante pelas indústrias química e alimentícia. Só em 2015 o Brasil importou 1.836 toneladas do produto, ao custo de US$16 milhões.

Monitoramento

A liberação para requisição de cultivo se deu pela Nota Técnica 102/2020 CGODAU DEPOA SAP MAPA que trata dos “Procedimento para solicitação do cultivo e monitoramento da Kappaphycus alvarezii nos Parques Aquícolas de Santa Catarina”

O cultivo da alga deverá restringir-se aos limites das áreas aquícolas estabelecidas nos contratos de cessão de uso. A Secretaria de Aquicultura e Pesca do MAPA (SAP/MAPA) se encarregará de comunicar ao Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) quais são os cessionários interessados e as respectivas áreas aquícolas onde serão implementados os cultivos e o monitoramento ambiental.

Além de pedir a autorização de cultivo, os cessionários dos parques aquícolas deverão também fazer o monitoramento ambiental da área. Estas informações deverão ser apresentadas anualmente no Relatório Anual de Produção (RAP). A SAP/MAPA realizará vistorias in loco para verificar as condições dos cultivos e validar as informações apresentadas no RAP.

Pesquisa

Há mais de uma década Epagri/Cedap e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) desenvolvem estudos para viabilizar a produção da macroalga em Santa Catarina. Em 2009 começaram os cultivos experimentais em Florianópolis, que depois se estenderam para os municípios de Governador Celso Ramos e Penha. Tais ampliações eram condicionantes para a liberação dos cultivos comerciais, impostas pelo Ibama, órgão licenciador de espécies exóticas. Até agora, apenas Rio de Janeiro e São Paulo estavam liberados para cultivos comerciais.

Alex explica que a estratégia dos pesquisadores catarinenses é iniciar os cultivos comerciais da Kappaphycus alvarezii integrados ao de moluscos, diversificando a produção e aumentando a renda dos produtores. “Não queremos que ninguém deixe de produzir moluscos. As algas serão a segunda espécie. No futuro, cada produtor poderá avaliar o que é melhor para si, ou seja, continuar com a integração ou partir para o monocultivo de algas”, justifica o pesquisador da Epagri.

A macroalga é nativa de regiões tropicais do continente asiático, como Indonésia e Filipinas, que são os maiores produtores mundiais. Por ser de uma região quente, ela não consegue se reproduzir sozinha no Brasil, onde a sua propagação é vegetativa. Isso representa uma importante segurança ambiental, pois garante que a espécie exótica não vai se reproduzir descontroladamente.

No Brasil, os plantios e replantios são realizados com pequenos ramos retirados do vegetal. Os ramos rebrotam e crescem em ciclos que variam de 30 a 60 dias, dependendo da época do ano. No verão os ciclos são menores e vão aumentando à medida que esfria.

 

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Da redação