Indústria da moda de SC bate recorde de crescimento

Em 2024, a indústria da moda de Santa Catarina, que abrange produtos têxteis, confecção de vestuário e acessórios, além de produtos de couro e calçados, registrou um desempenho superior à média nacional. O crescimento foi impulsionado, especialmente, pelo aumento de 7,1% na produção têxtil e um avanço de 10,3% na confecção de roupas e acessórios, enquanto a média nacional ficou em 4,8% e 3,9%, respectivamente.
Giuliano Donini, presidente da Câmara de Desenvolvimento da Indústria Têxtil, de Confecção, Couro e Calçados, ressalta que, apesar do ótimo desempenho em 2024, as perspectivas para 2025 são mais desafiadoras. "O setor catarinense deve continuar investindo em inovação, tecnologia, qualificação profissional e diferenciação para enfrentar a desaceleração do mercado", afirma Donini.
O economista Marcelo de Albuquerque, gerente de projetos da FIESC, aponta o consumo das famílias como um dos principais motores desse crescimento. "Em 2024, o consumo atingiu o maior nível histórico, impulsionado pela baixa taxa de desemprego e pelo aumento real da renda", explica.
A produção de moda catarinense, majoritariamente voltada ao mercado interno, especialmente para outros estados, foi beneficiada pela recuperação do Rio Grande do Sul após as enchentes, com um crescimento de 6,5% no consumo em relação ao ano anterior. Entre os maiores consumidores, destacaram-se Rio de Janeiro (11,7%), Paraná (4,2%) e Minas Gerais (4,2%).
Impactos no mercado de trabalho
De acordo com a FIESC, o crescimento do setor impactou positivamente o mercado de trabalho de Santa Catarina. Nos últimos 12 meses, a indústria de moda gerou 2.184 novos postos de trabalho formais, com destaque para a fabricação de produtos têxteis (2.707 vagas) e a produção de artefatos de couro (184 vagas). No entanto, o setor de confecção registrou uma perda de 707 postos de trabalho.
Donini lembra que a indústria da moda é o maior empregador de Santa Catarina, com mais de 9 mil indústrias e um em cada cinco empregos no estado. "Somos o maior empregador e o segundo em número de estabelecimentos no estado", afirma.
Além disso, o estudo mostra um aumento na remuneração média das contratações no setor, que superou a inflação. O salário médio dos trabalhadores admitidos no segundo semestre de 2024 foi 5,5% superior à inflação comparado ao mesmo período de 2020.
Da redação
Fonte: RCN
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