Dia Mundial do Estresse, hoje, alerta para a banalização da condição
Durante a correria do dia a dia, é difícil imaginar alguém que nunca tenha passado por uma situação de estresse e sentido um dos sintomas da doença. Hoje, 23/09 é Dia Mundial de Combate ao Estresse, que alerta para a banalização da condição, que é muito falada, mas pouco levada a sério. É comum as pessoas não darem importância para esses avisos, procurando ajuda somente quando o estresse crônico já provocou alguma doença mais grave.
Os sinais mais comuns do estresse são; batimento cardíaco acelerado, dores na região do estômago, tensão muscular constante, insônia e respiração ofegante. De acordo com a International Stress Management Association, ISMA, o problema afeta 80% da população brasileira, sendo que 30% está em nível crítico – quando o estresse é crônico e já acarreta outras doenças.
Para tentar amenizar os problemas que o estresse provoca no corpo e na mente, pesquisadores da NPT – Neuropsicotronics instalada no Cietec - Centro de Inovação da Universidade de São Paulo – USP desenvolveram uma tecnologia de biofeedback cardíaco conhecida como cardioEmotion, que mede as respostas fisiológicas do coração e, por meio delas, propõe jogos interativos para auxílio na redução do estresse e suas consequências, como ansiedade, depressão, pressão alta e colesterol.
De acordo com pesquisa realizada com profissionais submetidos ao treinamento por meio do cardioEmotion, comprovou-se o aumento na estabilidade emocional dos participantes e melhora no relacionamento interpessoal dentro e fora da empresa; 96% dos profissionais relataram melhora no equilíbrio emocional e 63% redução do estresse ruim.
Confira três dicas para aprender a identificar os sintomas da doença;
1 – Todos nós vivemos situações de estresse
O estresse pode chegar de uma forma aguda, rápida, precisa, como quando estamos expostos a um evento de risco de vida. Por meio de mecanismos de defesa, o corpo libera doses excessivas de adrenalina no sangue, preparando o corpo para ataque ou fuga. É uma reação primitiva de sobrevivência, de defesa, herdada de nossos ancestrais do tempo das cavernas. O que pouca gente sabe é que existe também o estresse bom, conhecido como “eustresse”. O eustresse motiva e estimula a pessoa a lidar com determinadas situações. Funciona como uma mola propulsora. Ao contrário do estresse ruim, que adoece, fazendo com que a pessoa se intimide com a situação.
2- O estresse pode se manifestar em quatro fases
A primeira é a fase de alerta, em que ficamos ansiosos. A segunda de resistência, quando não conseguimos relaxar, mas a situação ainda é reversível e buscamos o equilíbrio interno. A terceira fase, ligada à quase exaustão, é aquela em que ficamos quase sem forças para lutar e se adaptar. E por fim a quarta fase, a de exaustão, em que graves problemas de saúde se instalam, como hipertensão arterial, úlceras gastrointestinais, câncer, algumas doenças de pele e problemas psicológicos.
3- Fique alerta aos sintomas
Sinais de estresse quase nunca são valorizados. É comum as pessoas acharem que o que sentiram foi um mal súbito e que não voltará a ocorrer. Para isso, é fundamental ficar atento aos sinais do corpo e se os sintomas ocorrerem mais de uma vez é recomendado procurar um médico para um check up.
*Fonte: Marco Fábio Coghi, pesquisador da USP e especialista em biofeedback no Brasil. Criou o cardioEmotion, tecnologia que mede e regula o estresse por meio de treinamentos.
Da redação