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Resgate de uva italiana resulta em vinho mais natural
Rótulo amplia linha de baixa intervenção como o primeiro branco da Miolo com SO² free e leveduras indígenas

Autêntico e refrescante, Miolo Wild Trebbiano é resultado da maceração com cascas a frio por 48 horas, posterior clarificação natural do mosto e uma fermentação completamente espontânea, sem a adição de anidrido sulfuroso. Rótulo tem o Selo The Vegan Society, como 100% vegano (Fotos: Divulgação Miolo) **Clique para ampliar

Publicado em 26/10/2023

Depois do Miolo Wild Gamay, agora é a vez do Miolo Wild Trebbiano. Da Safra 2023, a novidade chega carregando muito mais do que aromas e sabores. O conceito é novo resgata a importância histórica da casta italiana no Brasil, em um vinhedo de 45 anos, tendo sido plantado em 1978, na propriedade da Vinícola Almadén, em Santana do Livramento, na Campanha Central (RS). Foi de lá, deste ‘vinhas velhas’ com 15,83 hectares, que foram colhidas e selecionadas manualmente as uvas que originaram as 12.827 garrafas elaboradas a partir de fermentação espontânea com leveduras selvagens, sem a adição de sulfitos (SO²) e com o Selo The Vegan Society, como 100% vegano.

Atenta ao mercado consumidor, que vem aumentando o interesse tanto pelos vinhos brancos quanto de rótulos feitos com uvas italianas, a Miolo Wine Group decidiu lançar o Miolo Wild Trebbiano 2023. Foram 4 anos de testes e estudos, compreendendo o terroir, o desempenho da variedade e as etapas do processo de elaboração. Para o diretor superintendente Adriano Miolo, lançar este vinho é resgatar um pouco da história da uva no Brasil. “A Trebbiano já foi uma casta muito importante para a vitivinicultura brasileira, tanto que é cultivada há 45 anos na Almadén. O que nós fizemos foi resgatar e deixar que ela mesma fizesse o seu papel. Nosso desejo é que cada pessoa que abrir uma garrafa do Miolo Wild Trebbiano possa apreciar sua fineza e refrescância”, destaca.

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Autêntico e refrescante, este vinho é resultado da maceração com cascas a frio por 48 horas, posterior clarificação natural do mosto e uma fermentação completamente espontânea, sem a adição de anidrido sulfuroso. Vinificado na Vinícola Almadén, espelha o que a Miolo se propõe a fazer, entregando um produto com menos intervenção, descomplicado e que sua história extrapola a garrafa. Inclusive, o rótulo traz as cores da bandeira da Itália e a seguinte frase: ‘Trebbiano è una dele prime varietà che gli immigranti italiani hanno portato al brasile’, que significa ‘Trebbiano é uma das primeiras variedades que os imigrantes italianos trouxeram para o Brasil’.

Mais sobre a vinificação

O vinho se diferencia devido ao seu processo de elaboração. A vinificação começa com a seleção e desengace total dos cachos, sem esmagamento. Após, ocorre a maceração pelicular a frio por 48 horas, em tanques severamente inertizados. A prensagem é rápida e em ambiente inerte, em prensa pneumática. A clarificação estática do mosto flor acontece a frio e a fermentação alcoólica se dá a 14°C em tanque de inox com leveduras indígenas. Depois da fermentação malolática de forma espontânea, é feita a filtração e estabilizações tartárica e protéica, sem a adição de sulfitos.

Mais sobre o vinho

Voltado a um consumidor jovem, que busca um vinho descomplicado, leve, frutado, democrático, ou seja, fácil de beber, o Miolo Wild Trebbiano é um vinho límpido com tonalidade amarelo claro e traços esverdeados. Apresenta fineza aromática com boa complexidade e grande intensidade, destacando descritores como flores brancas, ameixa amarela e um toque mineral. No paladar, é um vinho com acidez refrescante, tem volume de boca e é muito agradável. Ideal ser degustado com temperatura entre 8°C e 10°C. Uma boa dica de harmonização é servi-lo com peixes, pizzas, canapés de molhos coloridos, queijos de massa dura e mole, amigos e uma boa conversa.

Um pouco de história

Os primeiros registros da Trebbiano no Brasil são de 1886, trazida pelo imigrante da Toscana, Antonio Pieruccini, para o Campo dos Bugres, hoje Caxias do Sul (RS). Somente 92 anos mais tarde é que a casta ganhou os campos da Campanha Gaúcha, recebendo investimento da Almadén. E desde então, o vinhedo sempre foi mantido na propriedade. Com a idade de 45 anos, este ‘vinhas velhas’ já faz parte da história da vitivinicultura brasileira, resgatando um fazer antigo dos grandes brancos de outrora. Para a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), para um vinhedo ser considerado vinhas velhas é preciso ter mais de 35 anos, além de 85% de sua área original.

Da redação

 

 

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