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Você quer conhecer seus tataranetos? E o que isto tem haver com seus dentes?
Cuidados, novos hábitos e alimentação podem criar um novo paradigma

Que tal viver mais e melhor? É só uma questão de mudança de hábitos. Foto: Internet/ Reprodução **Clique para ampliar

Publicado em 21/04/2023

Aí você pensa, "nossa, eu até gostava das colunas da dentista Amanda, mas agora ela deve ter batido a cabeça em algum lugar e não está digitando coisa com coisa. Ou virou humorista e está escrevendo piadas, ou, talvez, escrevendo roteiro de um filme de ficção."

“Nananinanão.”

Nada disso.

Essa pergunta "se você quer conhecer seus tataranetos?" foi porque o livro escrito por um super pesquisador e professor em Harvard, que mencionarei e citarei alguns de seus tantos feitos - que li e reli – faz a dedicatória do livro assim, conforme essa foto que você vê, que ilustra essa coluna.

Estou falando do último livro de David Sinclair, um dos cientistas e empreendedores mais famosos do mundo, que já fundou 14 empresas de biotecnologia, tem mais de 50 patentes, trabalha com a Nasa, já recebeu inúmeros prêmios e recebeu o titulo da Time Magazine como umas das 100 pessoas mais influentes do mundo (2014). Pronto, te convenci a continuar a ler essa coluna?

Vamos lá.

Sobre os tataranetos? Sim, ele dedica o livro aos tataranetos que ainda irá conhecer.

O livro é incrível, ele conta em termos celulares e moleculares o que acontece com o envelhecimento, e que envelhecer é uma doença. E que deveria ser visto assim.

Para ele, um dos maiores expert em envelhecimento, não se conseguiu determinar o gene do envelhecimento. Só os sintomas dele.

Como assim, dra. Amanda? Se envelhecer é natural e estamos envelhecendo a todo instante? Pois é. Também pensava assim, até que li esse livro dele. 

A questão é ir além: você quer conhecer os seus tataranetos? Talvez sua primeira resposta seja: sim. Com certeza! 

Mas, talvez, sua segunda resposta seja: talvez. Talvez, se estiver com saúde; talvez, se tiver condições de ser independente; talvez, se não depender emocionalmente/fisicamente/financeiramente de alguém. 

E, pode ser que para alguns a resposta seja não. Não quero conhecer meus tataranetos, porque não teria o que fazer até lá, ou porque simplesmente não é a ordem “natural das coisas.”

Compliquei? Por que estou falando disso se sou dentista? 

Um: porque sou curiosa e amo ler - indiscriminadamente. Outra: porque sou apaixonada por Odontogeriatria, envelhecimento e longevidade. E em terceiro: porque li esse livro e adorei.

Na Odontologia, temos também os sinais de envelhecimento dos dentes. Você sabia que retração gengival é um deles? Com a retração, a  gengiva sobe, a estrutura mineral do dente é alterada, você tem desgaste do esmalte e passa a ter exposição da dentina do dente e, depois, uma cavidade, dor. Assim como o desgaste dos dentes.

No livro, o autor menciona que foi ao dentista para resolver suas retrações, mas que o profissional respondeu que não entendia o porquê, já que ele não era jovem pra resolver isso. E ele gentilmente respondeu que estava com seus 50 e poucos anos, e que pretendia ir muito além do dobro da idade. Na opinião dele, não tem como o dentista examinar a boca do paciente de 50, 60 anos e imaginar que passou da metade da vida e terá mais poucas décadas à frente. O raciocínio de longevidade, segundo ele, é imaginar, acreditar e tratar os dentes muito além disso. 

Por isso, o olhar da Geriatria, no meu caso da Odontogeriatria, é diferente. Ou melhor, é diferenciado. Claro que estética é importante. Sabemos que é um alimento para autoestima, e um grande aliado em viver bem, inclusive diante de si mesmo. Mas, além de tudo, aliar a estética à saúde, à preservação, aos tratamentos conservadores, ao bom senso nos tratamentos e procedimentos, à simples e eficaz profilaxia (limpeza)- capaz de evitar inúmeras intercorrências e prolonga a saúde bucal. 

Por falar nisso, já que você está passando a língua nos dentes nesse instante, como está por ai? Já está na hora de prolongar e manter sua saúde bucal? Quanto tempo faz desde a última profilaxia?

Bom, agora você já sabe. Se vier me visitar no consultório, lembre-se de me responder a pergunta que fiz no início.

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Sobre o autor

Amanda Lima

Cirurgiã dentista - Especialista em prótese dentária / Pós graduada em odontogeriatria


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