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Tomar ou não a 3ª dose contra a Covid-19?

Foto: Reprodução/Internet

Publicado em 08/10/2021

A revista New England Journal of Medicine, publicou no último dia 15 de setembro, um estudo que avaliou os resultados da aplicação da terceira dose de reforço com a vacina da Pfizer em Israel.

No dia 30 de julho deste ano foi aprovada em Israel a administração de uma terceira dose de reforço com a vacina BNT162b2 messenger RNA vaccine (Pfizer–BioNTech), para pessoas com mais de 60 anos de idade e que haviam recebido uma segunda dose de vacina contra a Covid-19 há mais de 5 meses. Foram pesquisados dados com relação ao efeito da terceira dose de reforço na taxa de aparecimento de Covid-19 confirmada e na taxa de aparecimento de Covid-19 de grau severo.

Os autores do estudo extraíram dados no período de 30 de julho até 31 de agosto de 2021, do banco de dados do Ministério da Saúde de Israel, incluindo 1.137.804 pessoas com mais de 60 anos de idade e que haviam feito a vacinação completa contra a Covid-19, ou seja, haviam recebido 2 doses da vacina há mais de 5 meses.

Na análise primária, os autores compararam a taxa de Covid
-19 confirmada e a taxa de Covid-19 severa entre aqueles que haviam recebido a terceira dose de reforço há pelo menos 12 dias (grupo com terceira dose), e aqueles que não haviam recebido a terceira dose (grupo sem terceira dose). Em uma análise secundária, os autores avaliaram a taxa de infecção 4 a 6 dias após a terceira dose, comparada com a taxa de infecção a pelo menos 12 dias após a terceira dose. Em todas as análises foram usados ajustes estatísticos para possíveis fatores de confusão.

Analisando os resultados, pelo menos 12 dias após a terceira dose, a taxa de infecção confirmada foi 11,3 vezes mais baixa no grupo com terceira dose do que no grupo sem terceira dose. A taxa de evolução para a forma grave da doença foi 19,5 vezes mais baixa no grupo com terceira dose. Em uma análise secundária, a taxa de infecção confirmada pelo menos 12 dias após a terceira dose, foi 5,4 vezes mais baixa do que a taxa de infecção 4 a 6 dias após a terceira dose.

A conclusão dos autores do estudo foi a seguinte: as taxas de Covod-19 confirmada e de Covid-19 de grau severo foram substancialmente mais baixas no grupo com terceira dose do que no grupo sem terceira dose.

Os resultados desse estudo vêm reforçar a orientação do Ministério da Saúde do Brasil com relação ao programa de vacinação e prevenção da Covid-19, e com relação à aplicação da terceira dose de reforço da vacina, a qual já foi iniciada no Brasil.

Da redação

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Sobre o autor

Dr. Jamil Mattar Valente

Médico cardiologista e responsável pela coluna de medicina preventiva do Jornal Imagem da Ilha


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