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Quais são as melhores vacinas contra a Covid-19?

Foto: Reprodução

Publicado em 18/06/2021

Foi publicado no mês de maio, na revista British Medical Journal, um estudo realizado no Reino Unido, comparando as vacinas da AstraZeneca e da Pfizer, ambas amplamente usadas naquele país.

A proteção contra a Covid-19 sintomática foi maior do que 60%, 28 dias após a primeira dose de uma ou da outra vacina, e se a infecção evoluiu apesar da vacinação, o curso clínico da doença foi atenuado.

Os dados e os resultados dos estudos fase 3 de ambas as vacinas, os quais resultaram na liberação das mesmas para a utilização na população geral, já foram publicados e são bem conhecidos.

Todavia, os resultados da utilização destas duas vacinas na vida real, em uma grande massa da população, ainda não são bem conhecidos, especialmente nos casos em que apenas uma dose foi usada, conforme protocolo utilizado durante um certo tempo no Reino Unido, para permitir uma cobertura maior da população, enquanto havia um suprimento limitado das vacinas.

Os pesquisadores realizaram um estudo baseado na efetividade da vacinação contra a Covid-19 na Inglaterra, no período de 8/12/2020 a 19/02/2021, quando a variante B1.1.7 surgiu. O teste RT-PCR em 156.930 adultos com idade maior do que 70 anos, foi relacionado com a vacinação nacional e com os registros de mortalidade e admissões hospitalares na Inglaterra.

Quando um estado de vacinação foi avaliado em indivíduos que testaram positivo para o SARS-CoV-2 (44.590; 28%) comparado com aqueles que testaram negativo (112.340; 72%), um efeito protetor foi visto com a vacina da Pfizer de 10 a 13 dias após a vacinação, atingindo 61% de efetividade após 28 dias.

Para aqueles que receberam a vacina da AstraZeneca, os efeitos protetores começaram a aparecer de 14 a 20 dias após a vacinação, atingindo 60% de efetividade após 28 dias. Com relação aos indivíduos com idade maior do que 80 anos que receberam a vacina da Pfizer, a efetividade foi de 70% 28 dias após a primeira dose e 89% 14 dias após a segunda dose. Se a infecção se desenvolveu apesar da vacinação realizada há mais de 14 dias, a incidência de admissão hospitalar foi 43% mais baixa com a vacina da Pfizer e 37% mais baixa com a vacina da AstraZeneca.

Como conclusão, o que este estudo nos mostra é que as duas vacinas são seguras e eficazes em indivíduos maiores de 70 anos, com resultados semelhantes, que nos impossibilitam de afirmar alguma superioridade de uma vacina em relação à outra.

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Sobre o autor

Dr. Jamil Mattar Valente

Médico cardiologista e responsável pela coluna de medicina preventiva do Jornal Imagem da Ilha


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