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Olhos permitem evitar doenças na 3ª idade, diz pesquisa
Pesquisa inédita identificou nos fluidos do olho como mais de 6 mil proteínas que podem interferir nas doenças oculares

Porém, censo demonstra que o número de brasileiros com doenças oculares crônicas pode ter um aumento surpreendente (Foto: Internet/ Reprodução) **Clique para ampliar

Publicado em 03/11/2023

O censo demográfico 2022, recém-divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que a população do Brasil chegou a 203,1 milhões, um aumento de 12,3 milhões de habitantes ou 6,5% em relação a 2010. Em 12 anos o número de brasileiros com 65 anos ou mais aumentou 57,4% e o País está entre os três com a maior taxa de envelhecimento.

Para o médico-oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, o censo demonstra que o número de brasileiros com doenças oculares crônicas também pode ter um aumento surpreendente. Isso porque, é na 3ª idade que surge a maioria das doenças oculares crônicas, sejam elas inerentes ao próprio olho ou deflagradas por doenças sistêmicas como a hipertensão arterial, diabetes e até o uso contínuo de algumas classes de medicamentos.

 A pesquisa

A boa notícia é que uma pesquisa publicada na revista Cell identificou 56 tipos diferentes de células do olho e como mais de 6 mil proteínas podem interferir nas doenças oculares. A pesquisa contou com 120 participantes que passaram por biópsia do humor aquoso e vítreo, fluidos que circundam o globo ocular.

Chimarrão e os cuidados com a saúde bucal

Os pesquisadores afirmam que os olhos têm a vantagem de ter fluidos e tecidos totalmente transparentes que permitem a visualização direta de condições genéticas, metabólicas, inflamatórias e até neurodegenerativas. Não fossem estas características a biópsia do olho não poderia ser realizada porque causaria danos irreparáveis aos olhos. Na pesquisa as proteínas foram agrupadas em 10 sequências distintas e sete foram enriquecidas por vias biológicas.

Catarata

O estudo revela que no cristalino as proteínas atingem seu pico aos 50 anos de idade. Para Queiroz Neto este é um dos fatores que explica porque muitos brasileiros têm catarata precoce. O oftalmologista explica que a catarata resulta da aglomeração das proteínas que opacificam a lente do olho.

Outros fatores de risco da doença elencados por Queiroz Neto são: hábito de fumar, exagerar no sal, doces ou refrigerantes, dieta pobre em verduras verde-escuro, exposição dos olhos ao sol sem lentes que filtrem 100% da radiação ultravioleta (UV), uso de óculos escuros sem filtro UV que fazem a pupila dilatar e aumentam a quantidade de radiação que penetra nos olhos.  

Os sintomas da catarata são: troca frequente de óculos, desalinhamento de um dos olhos, ofuscamento, enxergar halos ao redor da luz, insegurança de dirigir a noite, perda da visão de contraste, dificuldade de adaptação de um ambiente claro para outro escuro. O oftalmologista esclarece que o diagnóstico é feito em um exame de rotina e quando a doença começa atrapalhar a rotina é indicada a cirurgia em que o cristalino opaco é substituído pelo implante de uma lente intraocular.

Retinopatia diabética

O Brasil tem hoje 21 milhões de pessoas com diabetes, sem contar com os brasileiros que tem pré-diabetes e podem começar a fazer parte deste grupo, mas nem desconfiam. Queiroz Neto afirma que no Brasil metade dos diabéticos não sabem que têm a doença. Uma evidência disso é que muitos descobrem a doença no consultório em um exame de rotina.  A pesquisa mostra que a retinopatia diabética acelera em até 30 anos o envelhecimento da retina nos casos de retinopatia diabética proliferativa.  O envelhecimento da retina foi constatado inclusive em pacientes que ainda não tinham sintomas da doença e nos que tinham sido tratados com sucesso.

Doença de Parkinson

Os pesquisadores afirmam que encontraram várias proteínas associadas à doença de Parkinson e os métodos atuais de diagnóstico não permitem testar estas proteínas o que dificulta o tratamento. Este estudo foi realizado com 100 vezes mais proteínas que um ensaio anterior. A proposta dos pesquisadores é preparar um novo ensaio com mais participantes e um número maior de doenças para atingir um tratamento de alta precisão.

Da redação

 

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