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Glaucoma: é preciso atenção para controlar a tempo
Cegueira causada pela doença é assintomática e irreversível

O diagnóstico do glaucoma se baseia na avaliação do nervo ótico (exame de fundoscopia), na aferição da pressão intraocular e em exames complementares (Foto: Internet/ Reprodução) **Clique para ampliar

Publicado em 26/05/2023

Nesta sexta-feira, 26, é o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, uma doença que não apresenta sintomas e causa cegueira irreversível, mas que pode ser prevenida por meio de exames e tratada a tempo se for diagnosticada por um especialista.

Por isso, é tão importante ter uma data para conscientizar sobre este problema que atinge 900 mil pessoas por ano em todo o Brasil, de acordo com oftalmologistas que atuam nos hospitais universitários da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). “A gente tem que se antecipar à doença o mais cedo possível, porque o que a pessoa perder de visão não volta mais, mas é possível frear esse processo de perda”, complementou Tiago Tomaz de Souza, chefe do ambulatório de glaucoma no Hospital Universitário Professor  Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC), de Santa Catarina.

Na instituição, são feitos o diagnóstico e o acompanhamento do paciente, que pode ser encaminhado para o programa de fornecimento de medicamentos, desde que chegue ao hospital regulados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

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Segundo o oftalmologista, como é uma doença silenciosa e sem sintomas, 90% das pessoas que têm glaucoma não sabem disso e grande parte só procura o médico quando começa a sentir dificuldades de visão, e esta cegueira já instalada é irreversível. “Por isso, ter uma data como o 26 de maio, dedicada à conscientização sobre o glaucoma, é fundamental para que profissionais de saúde e a população em geral conheçam formas de prevenir”, explicou.

médico Francisco Ferraz, do Hospital de Ensino Dr. Washington Antônio de Barros, da Universidade Federal do Vale do São Francisco (HU-Univasf), explicou que o glaucoma, geralmente, está associado à pressão intraocular elevada, sendo que alguns fatores de risco são: pressão intraocular acima de 21 mmHg, idade a partir de 40 anos, raça negra, parentes de primeiro grau com a doença, diabetes mellitus, hipertensão arterial, obesidade, enxaqueca, uso crônico de corticoides, alta miopia e traumatismos oculares. “Muitas vezes, os pacientes somente se queixam de perda visual numa fase avançada da patologia”, acrescentou.

Segundo ele, o diagnóstico do glaucoma se baseia na avaliação do nervo ótico (exame de fundoscopia), na aferição da pressão intraocular e em exames complementares que mensuram com mais acurácia algum comprometimento visual, como a campimetria computadorizada e a tomografia de coerência óptica.

O tratamento, em sua grande maioria, consiste no uso regular e diário de colírios hipotensores que diminuem a pressão intraocular e objetivam estabilizar e frear o avanço da doença. Também são utilizadas terapias a laser e cirurgias fistulizantes em casos específicos ou refratários.

Da redação

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