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Cuidados das anestesias em pets

(Foto: Divulgação)

Publicado em 28/03/2018

Uma das maiores preocupações dos responsáveis de animais antes de submetê-los a uma cirurgia é em relação aos riscos anestésicos. A medicina veterinária vem evoluindo ao longo dos anos e, com ela, a anestesia veterinária. O índice de mortalidade anestésica tem diminuído por várias razões, entre elas: utilização de agentes anestésicos mais seguros, equipamentos mais modernos e de melhor qualidade, monitoração mais adequada e multiparamétrica, aprimoramento dos cuidados pré-operatórios, interesse crescente na identificação e no controle de fatores de risco e aumento do número de anestesiologistas qualificados.

Uma anestesia de qualidade somente existe quando alcançamos os quatro pilares básicos: inconsciência, relaxamento muscular, analgesia (ausência de dor) e manutenção das funções fisiológicas, tais como pressão arterial, batimentos cardíacos e frequência respiratória. Para isso, é necessário o acompanhamento de um profissional no assunto, o médico veterinário anestesiologista, que deve estar ao lado do animal antes, durante e após o procedimento anestésico.

Na maioria dos casos, o óbito durante a anestesia não é causado somente pelos fármacos empregados, pois, tanto o procedimento anestésico, quanto a doença primária, são causas a serem consideradas. Para um procedimento anestésico seguro, o profissional deverá realizar a avaliação pré-anestésica, que além de uma avalição do estado geral do animal, leva em consideração idade, raça, espécie e tipo de intervenção que ele precisará. Além disso, é de suma importância a classificação do paciente de acordo com a Associação Americana de Anestesiologia (ASA). Isto implica na seleção dos exames pré cirúrgicos a serem requisitados e no acompanhamento de alguma doença, caso ela exista. Com isso, pode-se estabelecer o melhor protocolo anestésico e o planejamento da anestesia.

O sucesso de uma anestesia não se deve somente quando o paciente não morre durante o procedimento, mas sim se foram respeitados os quatro pilares básicos. A falta de cuidado, monitoração e controle das funções fisiológicas do paciente durante a cirurgia, poderá levar a problemas no pós-operatório imediato (como alterações de pressão arterial ou temperatura corporal muito baixa) e até mesmo tempo depois, sendo manifestado como insuficiências em órgãos vitais e dor crônica.

Portanto, antes de qualquer procedimento anestésico, o tutor deve levar seu animal à clínica para uma avaliação minuciosa e exames pré-operatórios. Com isso, tornaremos o procedimento mais seguro e com menos riscos de intercorrências.

* Artigo de Dra. Otávia  Dorigon


Sobre o autor

Marcelo Puls da Silveira

Marcelo é veterinário da clínica Santo Chico


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