Imagem da Ilha

Cláudia Raia não sabe nem saberá da minha existência, e nem que temos opiniões diferentes. Ela é uma super atriz, dançarina, bonitona, vaidosa. Os últimos holofotes foram para o filho que ela teve em virtude da idade (que a biologia segue injusta, e mulheres não são como homens que podem ter filhos até uns 100 anos). Mas, para mim, foi um vídeo que alguém me mandou sobre ela.

No vídeo, ela dizia que não usa o termo envelhecer e, sim, um termo “madurez”. Que não gosta de pensar que está velha e, sim, madura.

Ok.

Mas o nome que você dá às coisas, fases e situações muda o que você vive ?

Tadinho do meu psicólogo lendo essas coisas que escrevo - não tenho pretensão alguma, pois não possuo conhecimento pra tal - mas geeeeeeente - você pode dar vários nomes ao que você escolher; nada vai mudar o que você sente em relação a isso.

Sabe essas pessoas que não aceitam serem chamadas de “tia” pelos amigos dos filhos? Ou a vó que proíbe os netos de chamarem de “vóóóóó” em alto e bom tom na frente dos demais? 

Ué gente. Você pode até controlar isso (se fizer diferença pra você) mas… a nomenclatura que você der pra alguma coisa vai mudar, de fato, algo? 

Na minha mínima experiência de vida, tudo depende da maneira como você enxerga isso. De dentro pra fora. E não o nome que você dá a algo de fora pra dentro. 

Uma vez li algo mais ou menos assim: "quando você aprender que o que as pessoas falam diz mais sobre elas do que sobre você, você ficará mais em paz". Se você, de fato, gosta da pele em que você habita ou, pelo menos, está satisfeita com a condição, não vai ser alguém que chamar você de feia que vai te tirar do sério. Por favor. Temos problemas maiores do que esse pra gente resolver na vida né? 

Então, meu ponto - ou meu desafio: pegue algo que a incomoda e imagine alguém na rua, no trânsito irritado, que a chama de algo que você não suporta, assim como a Cláudia Raia, te chamando de: "oooo sua velha".

Imagine também você respondendo: "sou simmmm, e com orgulho! Jajá você chega lá também".

Não estou incitando ao mau comportamento no trânsito não, mas um exercício mental do que possa nos fortalecer. 

Somos mais do que alguém acha ou não sobre a gente.

Também somos muito mais do que os nomes e títulos que damos às coisas, fases e pessoas.

Se eu fosse a senhora Raia, o que eu faria se alguém me chamasse de velha um dia?  - "queridoooo, olha bem pra essas coxas, velho é o teu … cérebro". 

A ideia é ficar velho por fora, parecendo o mais jovem possível por dentro. O nome que você der a isso, só importa se você realmente acreditar. E te fizer bem, claro.

Dra Amanda Lima dentista
@dentistaamandalima
 

 

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