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Acidente Vascular Cerebral (AVC): O que é importante saber!

Foto: Reprodução/Internet

Publicado em 19/11/2021

O acidente vascular cerebral é uma significativa causa de morte e um grande causador de incapacidade. São fatores de risco para AVC: hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, hiperlipidemia, tabagismo, doenças cardíacas, infecção por HIV, herpes zoster trigeminal, abuso de drogas, consumo pesado de álcool e história familiar de AVC.

Um AVC pode ser hemorrágico ou isquêmico. É hemorrágico quando há o rompimento de um vaso cerebral e extravasamento de sangue no local. É isquêmico quando há oclusão de um vaso arterial cerebral, a região afetada deixa de ser irrigada por aquela artéria e sofre um infarto e necrose do tecido.

Como distinguir

Clinicamente, a distinção entre um AVC hemorrágico e um AVC isquêmico, pode ser difícil. A tomografia computadorizada é essencial para esclarecer a base fisiopatológica do AVC. Infartos lacunares são lesões pequenas, usualmente menores do que 1,5 cm de diâmetro, que ocorrem em áreas irrigadas por pequenas arteríolas. Infartos lacunares geralmente estão associados com hipertensão arterial mal controlada ou diabetes mellitus e têm sido encontrados em várias síndromes clínicas, com sintomas e sinais que progridem até 24 a 36 horas e depois estabilizam ou regridem.

Podem se manifestar como uma dificuldade para articular as palavras, perda de memória, desorientação mental, dificuldade para caminhar, perda de força motora em um lado do corpo, ou como uma paralisia facial. A mortalidade precoce e o risco de recorrência do AVC são mais altos em pacientes com infartos não lacunares do que lacunares. O prognóstico para a recuperação do déficit produzido por um infarto lacunar é habitualmente bom, com resolução parcial ou completa ocorrendo dentro de 4 a 6 semanas.

A oclusão de uma artéria maior pela formação de um trombo dentro dessa artéria, ou por embolia, leva a um infarto cerebral isquêmico. O déficit resultante depende particularmente do vaso arterial envolvido e da extensão da circulação colateral na região. A isquemia cerebral leva à liberação de neuropeptídeos que podem aumentar o fluxo de cálcio para dentro dos neurônios e causar a morte celular, aumentando o déficit neurológico.

Reconhecer os sinais é fundamental!

O reconhecimento dos sinais ou sintomas do AVC pelos familiares do paciente, é importante para que esse paciente seja removido para uma emergência especializada em atendimento de AVC, dentro das primeiras 4 horas após o início dos sintomas.

O paciente com AVC muitas vezes tem indicação de tratamento com trombólise, que é um medicamento administrado de forma endovenosa e que destrói o trombo que estava ocluindo a artéria. Além disso, pode haver indicação de procedimentos com cateter intravascular no vaso envolvido. Esses novos tratamentos do AVC melhoram significativamente o prognóstico.

Na Grande Florianópolis, o Hospital Baía Sul e o Hospital Governador Celso Ramos estão preparados para atender pacientes que chegam à emergência, dentro das primeiras 4 horas de evolução do AVC.

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Sobre o autor

Dr. Jamil Mattar Valente

Médico cardiologista e responsável pela coluna de medicina preventiva do Jornal Imagem da Ilha


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