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Virou moda: o termo funcional está em tudo - risoto funcional, suco funcional, coxinha funcional, treinamento funcional e teve até candidato a vereador se dizendo funcional. Se pesquisarmos no Google, a palavra aparece 72 milhões vezes. Funcional é aquilo que aprimora e otimiza determinada atividade. O exercício físico também se apropriou do termo. Alguns métodos de treino, inclusive, gabam-se de não utilizar máquina nenhuma ou de utilizar apenas o peso corporal, cordas, elásticos e outros objetos no lugar de máquinas e intitulam-se, por isso, funcionais.

Em vez de estar em oposição ao treinamento de musculação, o treinamento de habilidades, ou funcional, é complementar a ele. Afinal, força é uma capacidade fundamental. O treinamento de força visa o ganho de massa magra, tanto de tecido ósseo quanto muscular, fundamental para todos os esportes e importantíssimo para a qualidade de vida, especialmente porque a inatividade e o avanço da idade impõem uma redução desses tecidos. O treinamento de musculação bem orientado é, segundo inúmeras publicações científicas, um incontestável aliado da boa saúde e da forma física. 

O problema é que há defensores de alguns métodos de treino que utilizam argumentos que desprezam os dados científicos para camuflar algo de caráter econômico: as máquinas de alta tecnologia são caras e nem todos podem ter acesso a elas. Por isso, em alguns casos, a negação das máquinas, além de um equívoco, chega a ser desonesta pela distorção dos fatos.  Os profissionais de Educação Física realmente qualificados conhecem as evidências e sabem aplicá-las. As boas academias oferecem vários tipos de exercícios e mesclam as atividades, sob a supervisão desses profissionais.

O importante é fazer exercícios físicos de acordo com as necessidades individuais, ciente dos benefícios, limitações e riscos de cada uma. Uma boa orientação, honesta e baseada em evidências, vai contribuir mais para tirá-las da inércia do que crenças baseadas em interesses questionáveis.