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Confira como foi a vinda de João Dória, governador de SP, a Florianópolis

João Dória, governador de São Paulo, em entrevista coletiva em Florianópolis no último sábado, 14 (Foto: Divulgação)

Publicado em 16/08/2021

Em coletiva de imprensa em Florianópolis no último sábado, 14, o governador de São Paulo, João Dória (PSDB/SP), afirmou que é salutar para a democracia um partido realizar prévias e que continuará mantendo o respeito pelos colegas com quem disputa internamente a indicação dos tucanos para disputar a Presidência da República. Ressaltou ainda o valor dos outros três candidatos, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, o senador Tasso Jereissati, e o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgilio.

O governador de São Paulo reforçou que o PSDB é a única sigla que faz essa consulta interna entre seus filiados. “Sou a prova viva de que prévias estimulam, agregam e produzem eleitos. Graças às prévias do PSDB me tornei prefeito de São Paulo, vencendo no primeiro turno, pela primeira vez na história de São Paulo, a governador do Estado. Espero ter o mesmo destino nas prévias em novembro.”

Perguntado: Nesses primeiros movimentos nas prévias, o senhor vem sendo chamado de o 'pai da vacina'. É isso mesmo, governador? A vacina do Butantã será seu principal trunfo agora e nas eventuais eleições em 2022? Qual outro ponto positivo o senhor pretende elencar para conquistar apoios?

Dória respondeu: “Eu não me auto-intitulo o 'pai da vacina', mas me coloco como alguém que defende a vacina, defenda a ciência, defende a vida. Os ignorantes defendem a morte, os cientistas defendem a vida. Eu estou ao lado dos cientistas. Desde o início, com o primeiro paciente positivado em SP, em 28 de fevereiro de 2020, instituímos o comitê de contingenciamento do Covid 19, e nos colocamos ao lado da medicina e da ciência. Essa foi a defesa, a vacina não representou um ativo político, ou um ativo eleitoral, como não representa, sim, uma atitude em defesa da vida. Se as pessoas reconhecem isto como um bom gesto, ótimo. Fico feliz, fico satisfeito. Mas não fiz nenhum movimento com objetivo eleitoral ou partidário, muito menos ideológico.

O Butantã hoje está construindo mais duas fábricas de vacinas: uma da Coronavac, que não vai mais precisar dos insumos importados, o "IPA" (principio ativo); e a Butavac, cujas primeiras 10 milhões de doses já estão prontas, e até o final de outubro serão 40 milhões. No momento, estamos nas fases 1, 2 e 3, sob o acompanhamento da Anvisa.

A fábrica da Coronavac estará pronta em novembro, com os equipamentos sendo instalados em dezembro e janeiro; em fevereiro já estará produzindo 1 milhão de doses por dia. Aí poderemos oferecer ao Brasil duas vacinas seguras mas, para provavelmente, o 2º ano vacinal, não para a 3ª dose.

No ano de novo processo vacinal, teremos que tomar a vacina contra a Covid-19, assim como tomamos a vacina contra a gripe. E aproveito esta coletiva para informar que, até 30 de agosto nós entregaremos 100 milhões de doses ao Mministério da Saúde, um mês antes do prazo contratado. A partir de 1º de setembro, o Instuto Butantã estará autorizado a comercializar vacinas contra a Covid 19 com qualquer estado brasileiro, município ou instituições privadas (hospitais, associações médicas em forma de cooperativas ou empresas). Já temos contratos assinados com os estados do Ceará, Espirito Santo e Piauí. Ontem, na minha ida ao Paraná, o govenador Ratinho e o  prefeito Rafael Grecca, de Curitiba, solicitaram contato formal para a aquisição de vacinas, e agora a pouco, em almoço com o governador Carlos Moises, na Agronômica, ele também mostro interesse em fazer uma solicitação formal para a aquisição das vacinas do Butantã".


Foto: Divulgação

 

Sobre a disputa em 2022

Questionado se, depois do "insucesso" de três governadores tucanos de São Paulo à presidência, em pleitos passados, o que poderia se espera do candidato João Dória?

"O primeiro desafio é ganhar as prévias, o segundo é ganhar as eleições, que estão ainda muito longe. Já eu, como brasileiro, agora estou preocupado com a saúde. Quanto às eleições passadas, o momento agora é outro; não se pode fazer projeções de futuro levando em conta o passado. Aprendemos com o passado, mas o desafio é outro. Agora teremos outro tipo de eleição, a dinâmica e a velocidade são outras. Quem diria que estaríamos nesta situação, na pandemia? Com a perda de 570 mil vidas. São milhões de brasileiros desempregados e outros tantos milhões ao desalento, e que só não morrem de fome por que tem outro brasileiro que ajuda e dá um prato de comida", disse.


Foto: HBN/ImagemdaIlha

 

Dória também fez uma análise do cenário eleitoral que se configura para a disputa presidencial em 2022 entre o ex-presidente Lula e o atual presidente Jair Bolsonaro. “Nós teremos em 2022 as mais sujas e hostis eleições da história. Os extremistas não dialogam, eles brigam. E nós teremos dois extremistas disputando a sucessão presidencial. Lula na extrema esquerda e Jair Bolsonaro na extrema direita. Não medirão esforços para fazer uma campanha vil, suja, fake, de agressões. Não será uma campanha para principiantes. Será uma campanha dura. Mas o PSDB terá um candidato com força e determinação para defender o Brasil”, afirmou.

Raízes catarinenses

Finalizando sua coletiva, Doria lembrou suas raízes com Santa Catarina. Casado há 26 anos com Bia Bettanin Doria, natural de Pinhalzinho, na região oeste do Estado. Doria e Bia têm três filhos. “Santa Catarina me deu a melhor parte da minha vida, a minha esposa. E metade do sangue dos meus três filhos é catarinense. Parte da minha alma e parte do meu coração está aqui, nessa boa terra catarinense”.

Da redação

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