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Inteligência emocional de crianças e adolescentes é foco de programa municipal
Objetivo é favorecer as relações interpessoais e o autoconhecimento

A ideia é contribuir ainda para a melhoria da aprendizagem e a resolução de problemas, favorecendo o bem-estar pessoal e social (Fotos: PMF/ Divulgação) **Clique para ampliar

Publicado em 20/07/2023

Desenvolver a inteligência emocional nas crianças e adolescentes para favorecer as relações interpessoais e o autoconhecimento. Esse é o objetivo do Grupo de Emoções, Programa do Bairro Educador de Florianópolis, que vem colhendo bons frutos nas 12 sedes espalhadas pela Ilha e Continente. Com isso, a ideia é contribuir ainda para a melhoria da aprendizagem e a resolução de problemas, favorecendo o bem-estar pessoal e social.

“As aulas do Grupo de Emoções transformaram para melhor a vida do meu filho e a minha também”. O depoimento é da profissional de segurança Kátia Cilene Constant, 47 anos, mãe de Kauê Constant Ferreira, 11 anos, estudante da oficina Jiu-Jitsu, na sede Monte Verde. Ao matricular neste ano Kauê no Grupo de Emoções, nem imaginava a revolução que aconteceria na vida do garoto.

Segundo Kátia, seu filho era muito tímido, quase não falava e, com a participação no Grupo das Emoções o menino melhorou muito a comunicação. Um tio dele, em quem era muito apegado, faleceu. Ele ficou tão abalado que queria morrer também. Só chorava e não entendia por que o tio havia partido. Não aceitava o fato. “Mas, com a intervenção do Grupo de Emoções, Kauê voltou a sorrir, por entender o processo da morte. Posso dizer que o que aconteceu com meu filho foi um milagre”, completa Kátia.

Discussão sobre direitos e deveres

Formado pelos psicólogos Júlio Ramos, Bruna Thirion, Carla de Almeida, Letícia Sardá, Gabriela Rosa e pelas assistentes sociais Karoline Francieli e Karolina Machado, o time psicossocial discute com os estudantes diretrizes em torno de eixos temáticos da inteligência emocional que envolve a competência de cada um, direcionado para questões como conhecimentos, capacidades, habilidades e atitudes.

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Em aulas lúdicas, com brincadeira e jogos, os profissionais trabalham a realidade dos indivíduos envolvendo assuntos como assertividade, que é a maneira de se comportar de forma educada respeitando as diferenças de cada um; empatia, a habilidade de compreender o outro mesmo não concordando; saber escutar com atenção; e definir um problema, habilidade que permite a uma pessoa ser capaz de analisar uma situação avaliando o todo.



Nas aulas, igualmente são debatidas tomadas de decisões e suas conseqüências e a habilidade de encontrar uma solução justa para todos os envolvidos.

Promoção da cidadania

Paralelo a essas ações, as profissionais de assistência social desenvolvem orientações de conscientização sobre o direito de se ter acesso à saúde, habitação, educação, tendo como parâmetro o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). “Muitos não têm conhecimento sobre seus direitos e não sabem como recorrer a um órgão como posto de saúde ou a um conselho tutelar e nós aqui esclarecemos essas questões e promovemos encaminhamentos quando necessário”, destaca a assistente social Karoline dos Santos.

“As aulas do Grupo de Emoções são muito legais. A psicóloga ouve a gente e também aprendi a ouvir outras pessoas e também que não devemos guardar sentimentos ruins, de tristeza. Se tiver vontade de chorar, temos que chorar”, diz Kauê.

Seu amigo de turma, Artur Rosa, 8 anos, comemora: “Aqui aprendi a ser paciente, a ter calma”, diz, enquanto participava da atividade denominada “A flor das diferenças”, em que tinha que desenhar a sua mão em um papel, pintá-la e montar com os amigos uma árvore que tinha a flor das diferenças.

Transformando vidas

Para o psicólogo Júlio Ramos, a transformação das crianças e dos adolescentes vem ocorrendo em um todo. “Nos também estamos aprendendo com eles e também estamos mudando. “Os pais nos dão um feedback e dizem que os filhos estão mudados e que essas transformações estão começando a ocorrer na família também, fazendo com eles se sintam parte do processo, em um sentimento de pertencimento ao programa”.

“Depois que meu filho começou a frequentar as aulas das emoções, sou outra pessoa. Por meio da participação dele comecei a ter um novo olhar sobre a vida. Antes, eu não tinha tanta clareza de estar perto participando de cada passo da vida dele. Hoje, vejo que estar presente ao lado dele em cada atividade é importante e fundamental para nós.”, conclui Kátia Cilene.

Da redação

 

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